Por Diário do Poder
O governador do Rio, Wilson Witzel, alertou que o estado poderá chegar em julho sem dinheiro suficiente para honrar os compromissos e defendeu a legalização do jogo no país como uma forma de gerar recursos.
“Estamos, realmente, com muitas dificuldades. Nós, se mantivermos o ritmo, sem fazer nenhuma medida de contingência, sem negociação, vamos chegar em julho sem dinheiro. Estamos com um déficit de mais de R$ 8 bilhões, restos a pagar de mais de R$ 11 bilhões, e precisamos agir. Precisamos cobrar do sonegador, precisamos cobrar a dívida ativa. Precisamos nos empenhar”, disse Witzel.
O governador também pediu empenho para que seja legalizado o jogo no país, o que poderá beneficiar diretamente o estado, que é o principal portão de entrada de estrangeiros no Brasil e o maior destino turístico interno.
“Nós estamos empenhados em aprovar agora a legislação que permite a instalação de cassinos no estado do Rio de Janeiro. Não é possível que, só em Las Vegas, pessoas gastem fortunas. Aqui também há espaços para sediar cassinos e têm oportunidades para isso. É só aperfeiçoar os mecanismos de controle e não haverá nenhum tipo de problema. Certamente, o estado muito ganhará e vai se beneficiar”, disse Witzel.
Ele participou, nesta terça-feira (8), da posse do novo procurador-geral do estado, Marcelo Lopes. O governador aproveitou para fazer um apelo aos procuradores para que, juntamente com a Secretaria de Fazenda, encontrem-se soluções para não chegar no fim do ano com um déficit bilionário. Uma das ações, segundo o novo procurador, será firmar acordos de leniência com grandes devedores que se interessarem em regularizar a situação com o estado.
“Nós estamos abertos a todas as empresas que queiram celebrar acordos de leniência. Isso é uma mensagem nossa e já estamos inclusive com alguns casos em estudo. Quem quiser aderir e vir para o campo da legalidade, este é o momento. Vamos ajudar [o estado] na arrecadação tributária, no combate à sonegação e na revisão dos contratos que hoje estão sob suspeitas de várias inconformidades, decorrentes da gestão anterior”, disse Marcelo Lopes.