Com Lula internado, comando do governo é exercido por Rui Costa ao invés de Alckmin

Por Redação Epoch Times Brasil
13/12/2024 14:21 Atualizado: 13/12/2024 14:21

Devido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanecer internado para recuperação de uma cirurgia, o poder no governo federal passou temporariamente para o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa. Durante a recuperação de Lula, incluindo uma passagem pela UTI, Costa tem sido o responsável por decisões estratégicas e articulações políticas.

Pelo outro lado, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumiu papéis mais pontuais, como representar o governo em eventos formais e diplomáticos.

A liderança de Rui Costa foi destacada por interlocutores do Planalto, que ressaltaram sua atuação decisiva em diversos momentos. O ministro tem negociado sobre temas sensíveis e na definição de diretrizes políticas, o que surpreendeu muitos dentro do governo.

Já Alckmin, embora continue fiel ao presidente, tem cumprido seu papel institucional de forma mais discreta, sendo encarregado de compromissos que exigem sua presença, como cerimônias no Itamaraty e eventos relacionados ao Tribunal de Contas da União.

Apesar de não ter sido o primeiro a ser informado sobre o estado de saúde de Lula, Alckmin sabe seu lugar dentro da dinâmica do governo petista. Aliados descrevem que ele atua apenas quando convocado.

Em meio a este cenário, Rui Costa também tem sido o elo de comunicação com Lula. Na última quinta-feira (12), o ministro revelou que o presidente, ainda se recuperando, telefonou para se atualizar sobre a agenda política e a tramitação de projetos importantes no Congresso.

Costa detalhou a Lula o andamento das negociações, especialmente em relação ao pacote fiscal proposto pela equipe econômica.

A gestão petista se vê em corrida contra o tempo, já que o Congresso entra em recesso no dia 23 de dezembro. O governo busca a aprovação de emendas e medidas do pacote para o corte de gastos, incluindo a liberação de R$ 6,4 bilhões em emendas, o que demanda agilidade e articulação política até o fim do ano.