Por Brehnno Galgane, Terça Livre
Após crescimento de 1,2% do PIB brasileiro no primeiro trimestre deste ano, Ciro Gomes aparentemente não gostou do desenvolvimento do governo federal e criticou o atual crescimento da economia.
As declarações foram dadas durante uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo divulgada na última quarta-feira (2).
“Exportação de produtos básicos puxada pela demanda da China e favorecida pelo câmbio não gera emprego, nem salários, nem tributos. É voo de galinha. Descemos vinte e cinco degraus de uma escada e estamos voltando três”, disse o político.
Segundo o político do Partido Democrático Trabalhista (PDT), falta um projeto econômico para o presidente da República, Jair Bolsonaro, e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
Após o período de pandemia, a economia brasileira continua em uma crescente expansão, superando até mesmo estimativas dos analistas do mercado financeiro. Para o Ministério da Economia, o resultado demonstra o “acerto” da política econômica no país.
O líder do Executivo, exaltando a alta do PIB, afirmou em suas redes sociais que o resultado indica que o país está “voltando ao ritmo otimista do período pré-pandemia”.
Para Ciro, no entanto, não há um projeto para guiar a alta. “Não existe vento a favor para piloto que não sabe que rumo tomar”, afirmou.
Já para o analista político Carlos Dias, o pedetista quer simplesmente “esquecer” o desenvolvimento do Brasil sob o governo de Bolsonaro, que, ainda assim, foi travado por Rodrigo Maia.
“As reformas, os projetos que foram colocados à disposição do país em 2019 foram verdadeiramente sabotados pelo Rodrigo Maia”, apontou o analista durante o Boletim da Noite de quinta-feira (3).
“O que Ciro e outros efetivamente fazem é mostrar que uma economia como a nossa foi trancada de maneira arbitrária, absurda e sem nenhum planejamento de uma ação concreta de combate em uma crise sanitária, uma situação totalmente centralizada, desarmonizada, sem qualquer planejamento, produzida não só pelas esquerdas, mas também pelo Supremo Tribunal Federal, e mostrou claramente o dano que foi dado à economia brasileira”, lembrou o analista político.
“E quando essas relações mudaram, houve uma flexibilização e não houve mais um enrijecimento dessa prisão das pessoas, a economia gerou uma resposta positiva, não só o atendimento que foi feito através do auxílio emergencial, mas a economia teve uma capacidade de se reestruturar, de se reorganizar em um espaço de tempo muito curto”, lembrou.
“Nós viemos, por exemplo, de uma queda do PIB de mais de 4% e temos uma projeção de crescimento neste ano nessa faixa de 4 ou 4,5% positivo. Então, é uma situação em que eles têm que se debelar”, concluiu Carlos Dias.
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