Chuvas no Rio Grande do Sul deixaram 83 mortos devido a deslizamentos, afogamentos e outras consequências das inundações. A informação foi publicada pela Secretaria de Defesa Civil do estado no dia 6 de maio, que também informou o número de desaparecidos, chegando a 111 pessoas. Quatro mortes ainda estão sendo investigadas.
A chuva se iniciou no dia 27 de abril e se intensificou no dia 29 de abril nas regiões perto dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos, Gravataí, além do Guaíba, em Porto Alegre. Regiões essas que estão alagadas e destruídas pelas catástrofes.
Diversas cidades gaúchas ainda estão sofrendo com problemas de abastecimento de comida e água mesmo após o escoamento da lama. Outras cidades se encontram destruídas, ilhadas e isoladas. Além de cidades como Lajeado, municípios como Muçum, Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio estão entre a lista das mais afetadas.
Na cidade de Eldorado do Sul, os moradores tiveram que se abrigar dentro do prédio da fabricante de eletrônicos Datacom. Entre eles estão crianças, bebês e adultos assustados. Relatos dos abrigados dizem que eles estão sem água, energia, roupas e passando fome.
Alguns moradores de Eldorado se consideram esquecidos pelo poder público. O único modo de acesso a Eldorado do Sul, de acordo com moradores, é através de barcos ou helicópteros. Moradores relatam que as pessoas na cidade já estão sem água e comida há dois dias.
No bairro de Mathias Velho, em Canoas, na Grande Porto Alegre, diversos barcos fazem o resgate de pessoas à noite sem iluminação pública usando lanternas, já que a energia poderia matar as pessoas que devido às águas passam um pouco distante dos fios de energia. Naquilo que alguns voluntários chamam de “cena de filme” a água chegou a cobrir algumas casas no bairro.
O rio Guaíba em Porto Alegre já subiu 5 metros, ameaça diversos lugares e tem causado preocupação de autoridades e da população devido às recusas das pessoas, que se sentem ligadas com seus lares, em sair de suas casas, mesmo a região sendo inóspita no atual momento.
Em Brasília, o Planalto e o Congresso Federal analisarão a PEC que libera um “orçamento de guerra” para reconstrução do Rio Grande do Sul. Outras medidas também serão tomadas para recuperar o estado brasileiro que sofre com o maior desastre da sua história.