“Chuva Preta” pode afetar cinco estados brasileiros – veja quais são

Por Redação Epoch Times Brasil
13/09/2024 11:51 Atualizado: 13/09/2024 11:51

A MetSul Meteorologia emitiu um alerta para a possibilidade de “chuva preta” em cinco estados brasileiros, a partir de sexta-feira (13) e ao longo do fim de semana. Os estados afetados são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O fenômeno, que já foi registrado esta semana nas terras gaúchas, ocorre devido à combinação de calor extremo, tempo seco e fumaça proveniente de incêndios florestais.

A fuligem resultante desses incêndios, quando se mistura com a umidade da atmosfera, pode se manifestar sob a forma de “chuva preta”.

De acordo com a MetSul, a “chuva preta” é caracterizada pela presença de partículas contaminantes, como fuligem, que se misturam com a umidade atmosférica. Apesar de não ter uma cor negra, o fenômeno é um sinal claro de altos níveis de poluição.

Esse tipo de chuva é frequentemente observado em áreas próximas a zonas industriais, queimadas ou locais com intensa queima de combustíveis fósseis. A “chuva preta” pode ter efeitos visíveis e prejudiciais no ambiente urbano. Ao atingir o solo, suja superfícies como prédios, veículos e infraestrutura.

As consequências são a degradação dos materiais, bem como o aumento dos custos de manutenção. Além disso, pode impactar a vegetação e os corpos d’água – que são grandes acumulações de água, como oceanos, mares, lagos, lagoas, poças e zonas úmidas.

Corrente de jato favorece fenômeno 

A fumaça que resulta na “chuva preta” vem sendo trazida por uma corrente de jato em baixos níveis, uma faixa estreita de vento na baixa atmosfera, localizada ao redor de 1.500 metros de altitude. Essa corrente se estende por milhares de quilômetros do Sul da Amazônia ao Rio da Prata.

Segundo a MetSul, corrente de jato em baixos níveis é uma corrente de ar estreita encontrada na baixa atmosfera, normalmente em torno do nível de pressão de 850 hPa (ou cerca de 1500 metros de altitude), atuando entre 1 e 2 km de altura.

Originando-se na Bolívia e Centro-Oeste do Brasil, o jato se curva em direção ao Atlântico ao chegar no Rio Grande do Sul, agindo como um “rio” de vento nas camadas baixas da atmosfera.