Por Brehnno Galgane, Terça Livre
Após idas e vindas no relacionamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), durante uma reunião ocorrida em setembro, na sede do Instituto Lula, selaram as pazes durante uma conversa.
Revelada pelo jornal O Globo, a reunião que consumiu uma tarde inteira foi confirmada pela Folha. O encontro, sendo revelado somente nesta quinta-feira (29/10), foi intermediado pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT).
Apesar de o assunto não ser abordado, o gesto pode significar o início de uma reaproximação entre os partidos de esquerda de olho na disputa presidencial de 2022. Além disso, essa reaproximação possibilitaria novos braços para a China comunista e o fortalecimento do Foro de São Paulo.
Aparentemente afastados desde as eleições de 2018, quando fracassou a tentativa de acordo eleitoral para a Presidência, os dois falaram da necessidade de união da esquerda após a vitória do presidente Jair Bolsonaro, mas não chegaram a traçar planos conjuntos para as eleições de 2022.
Segundo relatos, Lula e Ciro lamentaram o esgarçamento da relação entre os dois. Ciro viajou à Europa após derrota no primeiro turno e se recusou a apoiar a candidatura de Fernando Haddad (PT) no segundo turno contra o então candidato Bolsonaro.
Desde então, passou a subir o tom em suas referências ao PT. Em fevereiro de 2019, durante o Congresso da UNE, em Salvador, o pedetista disse a um apoiador do ex-presidente que o provocava: “O Lula tá preso, babaca”.
Diante desses fatos, o jornalista Allan dos Santos já havia falado sobre o risco de parceria da esquerda, porque, além da vitória de Bolsonaro, eles perceberam que possivelmente Trump irá ganhar e não terão o dinheiro dos Estados Unidos da América.
Em Boletim da Noite, o jornalista Allan exemplificou os fatos: “O medo deles é que continue na cadeira da Presidência da República do Brasil alguém que ligue para o Trump e fale assim: Então, Trump! E aí? Sabe a China? Estão aqui tentando defender a Venezuela! Você pode nos ajudar?” E a resposta de Trump seria: “Sim, claro!”
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