Por Agência Brasil
Mestrandos ou doutorandos que estudam desigualdade racial na educação básica brasileira têm até 15h de sábado (20) para se inscrever no projeto de estímulo à pesquisa do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (Ceert).
Serão escolhidos 15 projetos de pesquisa e nove artigos científicos. Cada projeto selecionado receberá R$ 150 mil. A quantia deve ser usada para colocar a proposta em prática, o que deve ser feito em 18 meses. Além disso, o coordenador da pesquisa receberá, mensalmente, uma bolsa de R$ 3 mil.
Os projetos serão distribuídos nas áreas de educação Infantil, ensino fundamental e médio. As pesquisas devem começar a ser desenvolvidas em outubro.
Os artigos científicos serão selecionados em três diferentes categorias: dois de autores já graduados, que receberão, cada um, R$ 3 mil; dois produzidos por pesquisadores que já concluíram o Mestrado e que receberão, cada um, R$ 5 mil; e dois escritos por doutores, que receberão R$ 8 mil cada. Cada categoria contemplará um terceiro artigo, que receberá menção honrosa.
Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb/Inep) de 2017 mostram que a proporção de estudantes pretos no 5º ano com aprendizagem adequada em matemática era de 29,9%, enquanto esse percentual, em se tratando de estudantes brancos, era duas vezes maior 59,5%.
No ensino médio, a proporção (16%) de estudantes brancos com aprendizado adequado em matemática chega a ser quatro vezes superior a dos pretos (4,1%). O Ceert também cita dados de um estudo de 2018, do Inep, que apontam que o risco de repetência é maior entre estudantes negros.
O prêmio é iniciativa do Itaú Social em parceria com Instituto Unibanco, Fundação Tide Setubal e Fundo das Nações Unidas para a Infância.