Caso Bruno e Dom: PF conclui inquérito sobre assassinatos

Investigações identificam Rubén Dario da Silva Vilar, o "Colômbia", como mandante e mentor do crime, motivado por vingança.

Por Redação Epoch Times Brasil
05/11/2024 11:20 Atualizado: 05/11/2024 11:20

A Polícia Federal (PF) concluiu nesta sexta-feira (1º) o inquérito sobre as mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, em junho de 2022, no Vale do Javari, no Amazonas. O traficante Rubén Dario da Silva Vilar, conhecido como “Colômbia”, foi identificado como o mandante do duplo assassinato.

De acordo com a PF, ao longo de dois anos, nove pessoas foram indiciadas. Apenas uma delas foi apontada como mandante do crime; os demais tiveram participação na execução de Bruno e Phillips e na ocultação dos corpos.

Além de ser acusado como traficante de drogas, “Colômbia” é apontado como chefe de uma organização criminosa que pratica pesca e caça ilegais no Vale do Javari. Ele está preso desde dezembro de 2022.

Segundo a PF, o bandido forneceu a munição para matar as vítimas, patrocinou o planejamento do crime e gerenciou a ocultação dos corpos.

Conforme as investigações, a quadrilha decidiu matar Bruno, que era servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), por vingança. O indigenista combatia e denunciava a pesca ilegal na região. o jornalista Phillips foi assassinado porque estava com Bruno no momento do crime e apurava as informações. 

“Colômbia” chegou a ser solto em outubro, após pagar fiança de R$ 15 mil, mas voltou à prisão por descumprir as condições da liberdade provisória.

O relatório final da PF foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) para apreciação. A investigação não apontou um braço político por trás da quadrilha. A linha inicial do inquérito indicava que “Colômbia” fazia doações de campanha, conforme reportagem do Metrópoles em março deste ano.

O grupo liderado pelo traficante também é acusado de assassinar outro servidor da Funai, Maxciel Pereira dos Santos, em setembro de 2019.

Confira os criminosos indiciados:

Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”( Mandante e mentor do crime)

Jânio de Freitas de Souza ( informante e braço direito de “Colômbia”)

Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como  “Pelado” (executor)

Jefferson da Silva Lima, chamado de  “Pelado da Dinha”(executor)

Oseney da Costa de Oliveira, de apelido “Dos Santos” (executor)

Eliclei Costa de Oliveira, o “Sirinha” (ocultação de cadáver)

Amarílio de Freitas de Oliveira, o “Dedei” (ocultação de cadáver)

Otávio da Costa de Oliveira, o “Guerão” (ocultação de cadáver)

Edivaldo da Costa de Oliveira (ocultação de cadáver)

Francisco Conceição de Freitas, o “Seu Chico” (ocultação de cadáver)