A Black Friday é um dos maiores eventos de compras do ano, mas também é um momento de alerta para consumidores não caírem em golpes. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, lançou uma cartilha com orientações sobre como se proteger durante as promoções.
Com 13 páginas, a cartilha contém dicas baseadas no Código de Defesa do Consumidor para identificar promoções reais e evitar armadilhas. O acesso ao guia é gratuito e online.
A iniciativa foi criada após o aumento das compras online e reclamações de consumidores em edições anteriores da Black Friday, que apontaram ofertas falsas, preços inflacionados e problemas na entrega dos produtos.
De acordo com a Senacon, mais de 7 mil queixas foram registradas em 2023 nas plataformas de defesa do consumidor, muitas delas relacionadas a falsas promessas de descontos e vantagens. O objetivo do guia é equipar os consumidores com as ferramentas necessárias para identificar boas ofertas e evitar práticas abusivas.
Principais dicas
Entre as recomendações mais importantes estão a pesquisa prévia de preços, para garantir que a oferta seja realmente vantajosa, e a desconfiança em relação a descontos extremamente baixos, que podem ser indícios de sites fraudulentos.
Também é fundamental verificar a reputação da loja antes de realizar a compra, incluindo o histórico da empresa e seu CNPJ.
A cartilha também enfatiza a importância de ler com atenção a descrição dos produtos e verificar se todas as informações estão claras. O Código de Defesa do Consumidor garante que o cliente tenha acesso a detalhes sobre características, riscos e restrições dos itens adquiridos.
Além disso, para compras feitas fora do estabelecimento físico, como pela internet, o consumidor tem o direito de desistir da compra em até sete dias úteis.
Outros cuidados envolvem verificar as condições de frete e prazos de entrega, além de garantir que não haja cláusulas abusivas ou cobranças indevidas.
Clique aqui para acessar a cartilha.
A Senacon também recomenda o uso do portal Consumidor.gov.br para resolução de conflitos, onde mais de 80% das reclamações são resolvidas com sucesso, de acordo com o órgão.