Por Bruna de Pieri, Terça Livre
Com a mudança de voto da ministra Cármen Lúcia na terça-feira (23), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que o ex-ministro Sergio Moro foi parcial ao condenar o ex-presidiário Lula no caso do triplex do Guarujá.
A ministra mudou o parecer que havia dado em 4 de dezembro de 2018, quando votou contra pedido de habeas corpus feito pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva.
No pedido, os advogados de Lula argumentavam que a indicação de Moro para o Ministério da Justiça no governo do presidente Jair Bolsonaro demonstrava parcialidade do ex-magistrado e também que ele agiu “politicamente”.
Ao justificar a mudança de posição, Cármen Lúcia disse que quando se manifestou da primeira vez não tinha dados suficientes para que concedesse a ordem de habeas corpus. Ela ainda justificou que novos elementos juntados ao processo permitiram uma nova análise dos fatos.
Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski também votaram a favor da suspeição de Moro há duas semanas. Kassio Nunes Marques e Edson Fachin foram contra declarar que Moro foi parcial no processo que condenou Lula. Fachin também votou em 2018. O caso ficou suspenso durante dois anos.
Como noticiou o Terça Livre, Gilmar Mendes passou cerca de uma hora e meia contestando o voto de Kassio Nunes contra a suspeição do ex-ministro e ex-juiz federal Sergio Moro.
Mesmo já tendo votado a favor da suspeição há algumas semanas, Gilmar fez um longo pronunciamento e se exaltou ao desqualificar os argumentos de Kassio, a quem chamou de “Castro Nunes” no início da sessão da Segunda Turma.
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