Após o segundo turno das eleições municipais no último domingo (27), que evidenciou um aumento significativo nas ausências dos eleitores, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, anunciou a realização de uma pesquisa para entender as causas desse fenômeno.
A taxa de abstenção subiu de 21,68% no primeiro turno para 29,26% no segundo.
Este ano, as ausências atingiram o segundo maior índice já registrado, superado apenas por 2020, quando 23,2% dos eleitores não compareceram ao primeiro turno e 29,5% ao segundo, em meio à pandemia de COVID-19.
“Há um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que apurar em cada local e trabalhar com os dados”, afirmou a ministra em entrevista coletiva.
Para conduzir essa investigação, o TSE firmará parceria com os Tribunais Regionais Eleitorais, com o objetivo de identificar os obstáculos que dificultam a participação dos eleitores em diversas regiões do país.
No Amazonas, onde a baixa dos rios afetou o transporte, a taxa de abstenção foi inferior à média nacional. Manaus, a única cidade do estado a realizar o segundo turno, registrou 23,61% de ausências, em comparação a 19,94% no primeiro turno deste ano e 22,23% no segundo turno de 2020.
“No Amazonas, onde tínhamos uma preocupação em relação à estiagem, tivemos o menor índice de abstenção do que a gente tinha apurado [na média nacional]. Ali funcionou esse recado dado [pela Justiça Eleitoral] talvez porque a nossa preocupação fosse maior”, observou.
Quanto às justificativas para a ausência, o segundo turno contabilizou 740.388 registros pelo aplicativo e-Título para eleitores fora de seus municípios, além de 83.363 justificativas de cidadãos no exterior. turno de 2020.