Por Cláudio Humberto, Diário do Poder
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), acaba de suspender a validade da lei que amplia em R$20 bilhões anuais as despesas com o benefício de prestação continuada (BPC), que na prática representaria o fim do teto de gastos.
A medida foi solicitada pelo Ministério da Economia, como o ministro Paulo Guedes afirmou que faria.
Em sua decisão, Dantas condiciona qualquer aumento dessas despesas a medidas compensatórias da Lei de Responsabilidade Fiscal, como corte de alguma outra despesa permanente no valor correspondente à nova ou aumento de impostos.
Na fundamentação da sua decisão, o ministro lembra que o TCU já tem um precedente julgado por unanimidade sobre esse assunto. “Eu apenas reproduzi a tese”, disse ele ao Diário do Poder.
“Verifico que não se trata aqui de qualquer tentativa de controle de constitucionalidade da norma”, observou o ministro em sua decisão, “mas do controle da regularidade da execução da despesa
dela decorrente, sob a ótica das finanças públicas.”