Brasil registra crescimento no emprego e diminuição no poder de compra

Por Matheus de Andrade
31/07/2024 00:38 Atualizado: 31/07/2024 00:38

O mercado de trabalho formal no Brasil registrou crescimento em junho de 2024, conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) na terça-feira (30). O saldo positivo foi de 201.705 postos de trabalho celetistas, que possuem registro na carteira de trabalho, resultado de 2.071.649 admissões e 1.869.944 desligamentos no período.

O número total de vínculos celetistas ativos no país chegou a 46.817.319 em junho de 2024, o que representa um aumento de 0,43% em relação ao mês anterior. Este crescimento indica uma tendência de recuperação e expansão no mercado de trabalho formal brasileiro.

De janeiro a junho de 2024, o saldo acumulado de empregos foi de 1.300.044 postos, decorrente de 13.136.642 admissões e 11.836.598 desligamentos. Esses números demonstram uma estabilidade e crescimento contínuo no mercado de trabalho ao longo do ano.

Setores econômicos

O setor de serviços liderou com a criação de 87.708 postos de trabalho, seguido pelo comércio, que adicionou 33.412 vagas. A indústria registrou um saldo de 32.023 empregos, com destaque para a indústria de transformação, que contribuiu com 28.118 desses postos. A agropecuária gerou 27.129 empregos, enquanto o setor de construção civil adicionou 21.449 novos postos.

A região Sudeste foi a que mais contribuiu, com um saldo de 93.681 postos. O Nordeste adicionou 45.940 empregos, o Centro-Oeste teve um incremento de 23.100 vagas, o Norte registrou 18.261 novos postos, e o Sul teve um aumento de 15.287 empregos.

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão no Brasil em junho de 2024 foi de R$ 2.132,82, representando uma ligeira redução de 0,24% em relação ao mês anterior. Este dado sugere uma tendência de estagnação ou leve redução no poder de compra dos trabalhadores recém-contratados.

Demografia dos empregados

O saldo de novos postos de trabalho foi predominantemente preenchido por homens, com 112.089 vagas, em comparação com 89.616 ocupadas por mulheres. A faixa etária de 18 a 24 anos foi a mais beneficiada, com um saldo positivo de 118.224 postos. Em termos de escolaridade, o maior crescimento foi entre trabalhadores com ensino médio completo, que registraram um saldo de 152.287 novos empregos.