Por Bruna de Pieri, Terça Livre
Levantamento divulgado em 2018 pela Confederação Nacional dos Municípios aponta que o Brasil perdeu, em dez anos, mais de 41 mil leitos hospitalares no SUS. O estudo foi feito com base em dados do próprio Ministério da Saúde.
Em 2008, o total de leitos na rede pública era de 344.573. Em 2018, o total chegava a 303.185. Já os leitos classificados como não SUS, aumentaram de 116.083 em 2008 para 134.380 em 2018. As informações foram publicadas pela EBC.
O sistema de saúde brasileiro passou de 460.656 leitos em 2008 para 437.565 em 2018, totalizando 23.091 leitos a menos, equivalente a seis leitos fechados por dia durante um período de dez anos.
“O estudo mostra comportamentos diferentes, comparando quantidades de leitos SUS e não SUS. Enquanto o primeiro teve mais fechamentos que habilitações, o segundo grupo mostrou um aumento de aproximadamente 18.300 unidades. Isso significa que os leitos públicos diminuíram mais drasticamente”, diz a reportagem.
Ainda de acordo com a pesquisa, em 2008, o Brasil contava com 2,4 leitos SUS e não SUS para cada mil habitantes, caindo para o índice de 2,1 leitos na mesma proporção de pessoas em 2018.
O assunto foi tema do Boletim da Manhã desta terça-feira (1º). “Nós podemos citar até dois mestres dessa área, que foram o Alexandre Padilha, que foi ministro, e o outro senador que não sabe exatamente ainda qual é a posição geográfica do Brasil, o Humberto Costa”, observou o analista político Carlos Dias.
“Esses dois ex-ministros são uns dos responsáveis por todo esse descalabro do SUS que eles dizem defender que, inclusive, sequer reajustou a níveis corretos de mercado os procedimentos, como, por exemplo, das atividades filantrópicas. Eles, na verdade, acabaram sucateando ainda mais essas entidades que estão associadas ao Estado para poder prestar serviços que são de utilidade pública, algumas delas com mais de 200 anos de funcionamento”, acrescentou.