Brasil autoriza Elon Musk a operar seus satélites de baixa órbita no país

Escolas, hospitais e outros estabelecimentos localizados em regiões rurais ou remotas teriam acesso a internet, afirmou diretor da Anatel

31/01/2022 16:55 Atualizado: 31/01/2022 16:55

Por Agência EFE

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu, na sexta-feira, “direitos de exploração de satélites” às empresas SpaceX, fundada por Elon Musk, e Swarm, que no ano passado chegaram a um acordo para ingressar na firma do magnata norte-americano.

O órgão emissor autorizou a operação no país sul-americano do sistema Starlink criado por Musk, que consiste em uma constelação revolucionária de 4.408 satélites de baixa órbita que permitem oferecer internet banda larga em locais remotos.

A licença concedida à SpaceX se estende até 28 de março de 2027, conforme informado pela Anatel em nota.

O diretor da Anatel, Emmanoel Capelo, defendeu que “é do interesse” da SpaceX “fornecer acesso à internet banda larga para clientes em todo o território brasileiro, o que, sem dúvida, será muito oportuno para escolas, hospitais e outros estabelecimentos localizados em regiões rurais ou remotas”.

Por outro lado, a Anatel concedeu à Swarm, empresa emergente de conectividade via satélite, “direitos de exploração e uso de radiofrequências” até 7 de setembro de 2035.

A Swarm, que em julho de 2021 chegou a um acordo para ingressar na SpaceX, também no médio prazo, pretende colocar em operação a constelação Swarm, composta por 150 satélites em órbita não geoestacionária.

“Com isso, será possível fornecer serviços de transmissão de dados bidirecionais para telemetria e controle remoto voltados para aplicações de Internet das Coisas (IoT)”, destacou a Anatel.

Em novembro passado, o ministro das Comunicações do Brasil, Fábio Faria, reuniu-se com Elon Musk em Austin (Texas, EUA) para se informar sobre o sistema de satélites idealizado pelo também fundador da Tesla e buscar um acordo.

Segundo Faria, a operação da Starlink no país possibilitaria o monitoramento mais eficiente da extração ilegal de madeira na Amazônia e das queimadas.

O sistema Starlink permite o acesso à rede por meio de pequenas antenas fáceis de instalar em qualquer lugar onde os provedores regulares de internet não alcancem. Nos Estados Unidos, o equipamento custa cerca de US $500 e a mensalidade é de US $99.

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