O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 2 de abril, após Lula fazer um apelo para que aqueles que votaram nele votassem também em Guilherme Boulos. Oposicionistas do governo entenderam que o discurso do presidente poderia ser definido como crime de campanha eleitoral antecipada.
A declaração do presidente ocorreu devido às comemorações do Dia dos Trabalhadores durante um ato para as centrais sindicais do estado de São Paulo. Na ocasião Lula disse: “Cada pessoa que votou no Lula tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”
A declaração despertou a atenção de juristas, parlamentares e de parte da população que entendiam se tratar de um crime as falas do presidente.
Kim Kataguiri (União Brasil-SP), Marina Helena (NOVO-SP) e Ricardo Nunes (MDB-SP) , todos pré-candidatos à prefeitura de São Paulo, acionaram a justiça contra o candidato psolista e o presidente petista.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), havia expedido uma ordem para que o vídeo em questão fosse excluído dos canais do YouTube de Lula, do PT e dos órgãos associados a Lula e Boulos. Logo após a ordem, os vídeos foram excluídos do YouTube.
Boulos defende Lula
O candidato do PSoL defendeu Lula. Na visão de Guilherme Boulos, Lula apenas externou em quem ele deseja votar e que não era segredo algum que o presidente iria votar nele.
“Lula fez uma fala no evento das centrais sindicais, não era um evento do oficial do governo federal, expressando o desejo de voto dele, nas eleições que não é segredo para nenhum de vocês” afirmou Boulos.
Boulos também acusou Ricardo Nunes de estar fazendo campanha eleitoral antecipada há um ano. “Ele está usando a máquina pública para fazer campanha eleitoral” afirmou Guilherme Boulos. De acordo com ele, Ricardo Nunes usou de inaugurações de obras do Governo para fazer campanha política e atacar a sua imagem.
Apenas após o dia 16 de Agosto, quando todos os candidatos se registrarem, é que será permitido o início das campanhas eleitorais, até isso acontecer, todos os pré-candidatos devem seguir as leis eleitorais ou podem incorrer em crimes, receberem multas e ficarem inelegíveis por até 8 anos.