Bolsonaro sugere ser alvo de perseguição

06/07/2021 17:25 Atualizado: 06/07/2021 17:25

Por Brehnno Galgane, Terça Livre

O presidente da República, Jair Bolsonaro, em tuítes publicados no último domingo (4), sugeriu ser alvo de perseguição e chantagem por parte de uma autoridade. O chefe do Executivo não citou nomes, mas mencionou o livro “A Vida Secreta de Fidel”, traçando um elo entre um método desenvolvido em Cuba e as estratégias adotadas no Brasil.

“Vamos supor que uma autoridade filmada numa cena com menores (ou traficantes) e esse alguém (‘Daniel’) passe a fazer chantagem ameaçando divulgar esse vídeo”, escreveu Bolsonaro, em uma série de quatro publicações.

Bolsonaro utilizou o codinome “Daniel” para a pessoa que estaria praticando a perseguição. Mesmo o presidente não deixando claro, “Daniel” era o codinome utilizado por José Dirceu quando esteve em Cuba, antes de Lula assumir a presidência em 2003.

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, também escreveu sobre o assunto. “Um político comunista ligado a Cuba, que responde pelo codinome de Daniel, teria um filme feito pela polícia secreta cubana, onde um urubu, num quarto de hotel em Havana, aparece de saia levantada sendo sodomizado. O veado velho está sendo chantageado. Uma vergonha!”, declarou.

O jornalista Allan dos Santos também publicou no Twitter uma gravação de José Dirceu. No vídeo, o petista aparece falando sobre possíveis conteúdos incriminatórios que tem guardados sobre importantes personalidades que passaram por Brasília.

Depois da publicação do vídeo, internautas relembraram que foi o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), quem soltou José Dirceu.

O analista político Carlos Dias comentou durante o Boletim da Manhã de segunda-feira (5) sobre as informações divulgadas por Bolsonaro.

“Se essas coisas estiverem de fato acontecendo como tudo se apresenta – porque acho muito improvável, quase impossível, que o presidente, com a responsabilidade que tem, pois, suas falas geram consequências de toda sorte, não só no campo político mas também econômico, ele jamais colocaria no seu Twitter uma instabilidade política desse nível, é algo muito grave”, analisou Dias.

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