Bolsonaro rejeita comparações e diz que a Argentina está no caminho do socialismo

14/05/2020 23:40 Atualizado: 15/05/2020 10:04

Por Agência EFE

O presidente Jair Bolsonaro rejeitou nesta quinta-feira a comparação feita com a Argentina para administrar a crise do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), conhecido como novo coronavírus, e respondeu que o país vizinho “está no caminho do socialismo”.

Questionado sobre a diferença de mortes pelo vírus do PCC entre Argentina e o Brasil, o líder conservador brasileiro sugeriu que a comparação entre os dois países fosse feita proporcionalmente à população de ambos e não em números absolutos.

“É apenas a contagem por milhão de habitantes, mas vamos falar da Suécia, que não fechou a economia. Você fala do lado ideológico, fala de um país que está se movendo em direção ao socialismo, que é a Argentina”, disse Bolsonaro.

Apesar do número crescente de mortes no Brasil pela pandemia, Bolsonaro insistiu na necessidade de reabrir a economia do país para impedir que a população “morresse de fome”.

O presidente fez um “apelo” aos governadores para “reverem essas políticas”, porque, como ele considerou, “centenas de outras vidas” serão perdidas “por causa dessas medidas para fechar tudo”.

“As pessoas estão morrendo? Está. Lamento? Lamento. Mas muitos, muitos mais morrerão se a economia continuar sendo destruída por essas medidas”, disse Bolsonaro a repórteres do lado de fora do Palácio da Alvorada, sua residência oficial em Brasília.

“Essa história do bloqueio (fechamento ou quarentena) é um fracasso, vai quebrar o Brasil. Eu digo aos governadores que recuem, que vamos dialogar”, disse o presidente. “É mentira que haverá recuperação econômica, (Brasil) não se recuperará. Seremos um país de miseráveis, devemos lutar bravamente contra o vírus, muitos vão morrer, lamento, lamento, lamento, mas eles vão morrer mais devastados pela fome e falta de emprego”, frisou.

“É o retrato do Brasil, o país está se tornando um país dos pobres”, acrescentou.

O Brasil registrou 844 novas mortes por COVID-19 no último dia, elevando o saldo total de mortes para 13.993, enquanto o número de casos confirmados aumentou para 202.918, informou o governo quinta-feira.

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