O advogado de Bivar, Ademar Rigueira, divulgou nota em que afirma o inquérito que investiga as suspeitas de uso indevido dos recursos do Fundo Partidário já se estende há dez meses, sem que, segundo ele, as autoridades tenham encontrado indícios de fraude no processo eleitoral.
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) defendeu nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro assuma o controle da executiva do partido. Segundo ela, essa essa seria uma pré-condição para que o grupo de parlamentares insatisfeitos com a direção permaneça na sigla. “Nós só ficamos se o Bolsonaro for presidente ou indicar o presidente”, afirmou a parlamentar.
Em nota, a Comissão Executiva Nacional do PSL destaca que “a divergência intrapartidária é natural” na democracia. A legenda informa que sobre a “minuta da notificação que teria sido endereçada ao partido” para prestação de contas, recebeu apenas uma cópia não assinada do documento. O partido ressalta que “qualquer pessoa – filiada ou não – pode ter acesso completo a todas informações, extratos e comprovantes que constam das prestações de contas apresentadas pelo partido nos últimos anos, pois eles estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral”.
Sobre uma eventual saída de Bolsonaro do PSL, o porta-voz do governo reafirmou que o presidente analisa a sua situação no partido. “O presidente, neste momento, avalia todas as oportunidades, mas especialmente esta de deixar o partido, não me avançou nenhuma ideia”.
O porta-voz afirmou que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, seguirá no cargo por enquanto. Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou 11 pessoas, entre elas o próprio ministro, por crimes envolvendo candidaturas-laranja do PSL no estado em 2018.
“O ministro do Turismo vem sendo investigado pela Polícia Federal e agora pelo próprio Ministério Público Federal, há algum tempo. O presidente acompanha este movimento, tem dado apoio ao ministro do Turismo e aguarda a solução do inquérito e agora, mais especialmente, da própria denúncia”.
Questionado se o presidente Bolsonaro estaria tratando de forma diferente investigações semelhantes envolvendo o ministro do Turismo e Luciano Bivar, o porta-voz do governo disse os casos precisam ser analisados de forma distinta. “São casos que temos que nós temos analisar de forma distinta. O caso do mininstro do Turismo, o presidente vem acompanhando há tempo e aguarda as elaborações e as definições da Polícia Federal e do Ministério Público Federal e, no todo, da Justiça, em relação ao ministro. No caso específico dessa questão do presidente do PSL, por desconhecer detalhes, ele [Bolsonaro] não comenta”, afirmou Rêgo Barros.