Por Agência EFE
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro defendeu novamente neste domingo a normalização das atividades econômicas e a reabertura de todo o comércio, apesar do fato de que a pandemia do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), comumente conhecido como o novo coronavírus, continua sem controle no Brasil, o segundo país mais afetado pela COVID-19, sem contar a China.
“O momento é abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar trabalhos”, disse o líder conservador em um vídeo postado neste domingo em suas redes sociais.
O capitão da reserva do Exército é um dos governantes mais céticos quanto à gravidade da doença. Bolsonaro foi um dos 3,5 milhões de brasileiros que contraíram o vírus e desde o início expressou mais preocupação com os efeitos econômicos da crise.
O chefe de estado lembrou que há cinco meses disse publicamente que a epidemia de COVID-19 exigia respostas econômicas e de saúde simultaneamente e acrescentou que esta semana até o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lhe deu razão.
“Em março deste ano disse que tínhamos dois problemas graves pela frente, o vírus e o desemprego, e que ambos deviam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, disse ele no vídeo deste domingo, no qual reproduziu o depoimento citado e no qual afirmou que se o desemprego gerado pela pandemia não for travado, mais mortes ocorrerão.
Bolsonaro afirmou que na semana passada, cinco meses após seu pronunciamento, que o próprio diretor da OMS afirmou que economia e saúde são indissociáveis.
O vídeo também reproduz a afirmação em que Tedros assegurou que as opções entre vida e bens e entre saúde e economia são falsas, e que “a pandemia é a demonstração de economia e saúde são inseparáveis”.
Segundo Bolsonaro, enquanto nos últimos cinco meses alguns governadores regionais e municipais optaram por “destruir empregos no Brasil”, em referência às quarentenas e medidas de distanciamento social impostas, seu governo preferiu apoiar as empresas para que mantenham os funcionários.
Citou também o subsídio criado por seu Governo para ajudar a população atingida pela COVID-19 e que beneficia cerca de 60 milhões de desempregados, informais e sem recursos.
“Esse valor (600 reais ou 107 dólares) pode não ser muito para quem o recebe, mas é muito para (o Governo do) Brasil, que gasta 50 bilhões de reais (cerca de 8.928,6 milhões de dólares) por mês”, disse.
O Brasil acumula 114.250 mortes e 3.582.362 infecções pela COVID-19 desde que registrou o primeiro caso da doença em 26 de fevereiro, há quase seis meses.
Os números confirmam o Brasil, com seus 210 milhões de habitantes, como o segundo país com mais vítimas e casos de COVID no mundo (sem contar a China), só superado pelos Estados Unidos, e como um dos epicentros globais do pandemia.
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