Por Diário do Poder
O presidente Jair Bolsonaro voltou a pedir que a população economize energia elétrica em meio ao agravamento da situação das usinas hidrelétricas por causa da seca. Durante sua live semanal nas redes sociais, na noite desta quinta-feira (26), o presidente classificou como “problema sério” a atual crise energética.
“O problema é sério. Eu vou tentar fazer um apelo a você que está em casa agora. Eu tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz agora. Eu peço esse favor pra você. Assim você estará ajudando a economizar energia e a economizar água das hidrelétricas”, afirmou.
O volume de chuvas muito abaixo do esperado nos últimos meses, inclusive na comparação com o ano passado, deixou os reservatórios das hidrelétricas da região centro-sul do país em condições críticas.
Demanda adicional
Já nesta quinta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que será preciso garantir uma produção adicional de energia, a partir de outubro, para atender à demanda que não poderá ser suprida pelas usinas hidrelétricas.
O órgão atualizou uma nota técnica de monitoramento das condições do setor elétrico até novembro e calculou que a quantidade adicional necessária de energia será de 5,5 gigawatts médio (GWm) entre setembro e novembro. O documento enfatiza que os reservatórios das usinas estão com as piores afluências de água em 91 anos.
O ONS também indicou que, a partir de setembro, devem ser incorporados novos recursos energéticos ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Para isso, de acordo com o órgão, será necessário lançar mão de geração adicional proveniente das usinas térmicas sem Custo Variável Unitário (CVU); avançar com o Programa de Resposta Voluntária da Demanda; e implementar ações de incentivo para que a população reduza de forma voluntária o seu consumo; além de adotar novas flexibilizações dos níveis mínimos nos reservatórios das hidrelétricas de Ilha Solteira e Três Irmãos, até a cota de 323 metros.
Foi sugerido ainda autorizar o uso da flexibilização dos critérios de segurança de N-2 para N-1 como recurso para atendimento energético e de potência; e adotar novas restrições temporárias de defluência nas usinas do São Francisco e na hidrelétrica de Itaipu, podendo agregar mais recursos às disponibilidades de potência.
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