Bolsonaro e Ramagem participam juntos de ato na Barra da Tijuca

Por Redação Epoch Times Brasil
18/07/2024 22:39 Atualizado: 18/07/2024 22:39

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Alexandre Ramagem, pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro, participaram juntos de um evento na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (18). Ambos discursaram em cima de um trio elétrico para seus apoiadores. 

“Hoje, aqui, não é campanha política, não é comício. É uma rápida passagem do que foi meu mandato, do que nós estamos apresentando como possibilidades para o Rio de Janeiro”, disse o ex-presidente.

Essa é a primeira aparição dos dois juntos desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público o áudio de uma reunião ocorrida em 2020 entre Bolsonaro e Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Nessa reunião, que contou também com a participação do general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), discutiu-se as investigações sobre a prática de “rachadinhas” durante o mandato de Flávio como deputado estadual.

A gravação, supostamente realizada por Ramagem, foi parte de investigações envolvendo uma possível “Abin paralela”, na qual o órgão teria sido utilizado para monitorar políticos, jornalistas e membros do STF.

Durante seu discurso, Bolsonaro elogiou Ramagem e mencionou o atentado contra o ex-presidente Donald Trump. 

“O Ramagem, que eu conheci na transição de 2018, já começa a pagar um preço alto pela sua ousadia de querer pensar, sonhar e administrar uma cidade com respeito, com honradez e com orgulho”, disse o ex-presidente.

“Vocês repararam que só quem é conservador e quem é de direita sofre atentado? Vocês viram que houve uma tentativa de matar o Trump lá nos Estados Unidos?”, completou Bolsonaro.

Por sua vez, Ramagem projetou Bolsonaro como possível presidente novamente em 2026, mesmo diante de sua atual situação de inelegibilidade até 2030, após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Em 2024 e 2026, temos que mostrar a força nas eleições para, em 2026, fazermos mais deputados, mais senadores, governadores e, se Deus quiser, acreditem, vamos fazer novamente Jair Messias Bolsonaro presidente”, disse Ramagem.