Por Brehnno Galgane – Terça Livre
Diante das resistências da equipe econômica ao perdão tributário às igrejas, o presidente Jair Bolsonaro indicou aos parlamentares da bancada evangélica que deve vetar um dos dispositivos que anistiam os templos do pagamento de dívidas com a Receita Federal. A anistia de outra parte dos débitos, porém, ainda está na mesa de negociações.
Bolsonaro explicou aos congressistas que até concorda com o perdão e tinha vontade de sancionar, porque vê nas igrejas um importante papel social.
Mas o presidente ponderou que não tem amparo jurídico e corre risco de cometer crime de responsabilidade, passível de impeachment, caso sancione a proposta aprovada pelo Congresso do jeito que está.
A costura neste momento é no sentido de vetar a parte que livra as igrejas do pagamento de CSLL, tanto débitos passados quanto cobranças futuras.
Mas ainda há pressão para que a área econômica concorde com a anulação de multas e outras cobranças aplicadas por irregularidades na prebenda, como é chamada a remuneração dos pastores e líderes do ministério religioso.
Sobre a atitude do presidente, comentou o jornalista Max Cardoso, no Boletim da Manhã de quinta-feira (10): “É importante notar como um presidente não governa sozinho. Ele precisa de toda uma assessoria muito bem montada e muito fiel a ele, porque poderia simplesmente alguém dizer para ele sancionar, podendo, depois, ser acusado pela oposição por crime de responsabilidade.”
Com informações, Terra
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