Por Brehnno Galgane, Terça Livre
O presidente da República, Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Itatiaia nessa terça-feira (20), informou que vai apresentar na próxima semana provas de fraudes nas eleições. Segundo Bolsonaro, as fraudes aconteceram nas eleições de 2014.
“Eu espero na semana que vem apresentar as provas de fraudes. Vamos apresentar uma fraude de 2014 […] Vão vir hackers para mostrar”, declarou Bolsonaro, que também disse que as conclusões serão encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Eu vou convidar a imprensa e, com minhas mídias sociais, vou transmitir isso aí. Com isso tudo encaminho para o TSE. Agora, o que vale mais do que todos nós é a opinião pública”, disse o presidente.
A eleição presidencial de 2014 teve dois turnos. O segundo foi disputado pelos candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), resultando na reeleição de Dilma. Na época, o PSDB chegou a pedir uma auditoria dos votos junto ao TSE, que não gerou resultados.
Na entrevista, o presidente Bolsonaro também comentou sobre o voto impresso.
“Pode morrer o voto impresso na comissão. É lamentável o que o ministro Barroso está fazendo”, disse Bolsonaro, ao lembrar do ativismo do ministro contra a PEC em tramitação no Congresso.
O jornalista Allan dos Santos, durante o Boletim da Noite de terça-feira (20), ressaltou a gravidade do pronunciamento do presidente Bolsonaro, uma vez que declarou que vai apresentar provas de fraude e elas precisam ser determinantes.
“O que nós precisamos agora é de uma resposta contundente do presidente em relação a isso, uma vez que ele mesmo já declarou sobre a derrota por completo do voto impresso no Congresso Nacional”, pontuou o jornalista.
Allan dos Santos também destacou o atual momento difícil e delicado pelo qual o Brasil passa.
“Nós temos passaporte sanitário, voto impresso sendo negado, mesmo que ele já tenha sido aprovado ainda com o FHC, nós temos o problema do fundão, que o presidente já falou que vetará, mas nós sabemos com quem fica a palavra final. Nós temos também o Temer propagando abertamente uma mudança de regime no Brasil. E nós conservadores, que só queremos que essa Constituição que já está aí, mesmo com todos os seus defeitos, permaneça. Mas nós somos chamados de inimigos do ‘Estado Democrático de Direito’, é um desafio enorme a população entender quais são os desafios”, concluiu o jornalista.