Na quinta-feira (4), Jair Bolsonaro (PL) criticou o aumento de impostos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma postagem nas redes sociais, ele argumentou que o aumento das taxas ameaça o princípio da propriedade privada, afirmando que “o comunismo está mais forte do que nunca”.
“Mercado imobiliário fala em disparada dos preços de imóveis, terrenos e aluguéis após Reforma Tributária de Lula. Com o texto atual, a alíquota poderá aumentar 100% na compra de um imóvel, 134% na locação e 226,10% para os loteamentos”, disse o ex-presidente.
“O fim da propriedade privada é um meio para o fim. o comunismo está mais pujante do que nunca!”, completou.
Representantes do mercado imobiliário alertaram que comprar e construir imóveis se tornará difícil se o atual texto da reforma tributária não for ajustado.
A preocupação foi mencionada durante o Seminário Real Estate, realizado em 28 de junho, pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Segundo cálculos do setor, seria necessário aumentar em 15% o preço dos imóveis para compensar a nova carga tributária.
“O brasileiro já tem dificuldade de comprar imóvel hoje. Se nós aumentarmos o preço para atender a alíquota que foi proposta, será preciso reduzir a atividade. Espero que eles cheguem com o número correto, para que a gente não precise discutir no Senado”, disse Luiz França, presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
Ely Wertheim, representante do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais (Secovi-SP), alertou que o aumento da tributação poderá desenquadrar o programa Minha Casa Minha Vida.
Isso ocorrerá devido ao encarecimento dos imóveis, o que dificultará que as famílias comprovem renda suficiente para realizar a compra.