Por Agência EFE
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, descreveu nesta quarta-feira como “inaceitável” qualquer “ato de violência” contra profissionais da imprensa e condenou um ataque perpetrado contra um repórter na sede da rede Globo de televisão, o canal brasileiro com a maior audiência do país Sul Americano.
“Rejeito completamente qualquer ato de violência contra profissionais da imprensa, que segue na direção oposta à nossa defesa histórica e sem restrições à liberdade de expressão e informação”, afirmou o presidente em suas redes sociais.
Bolsonaro, portanto, condenou os eventos que ocorreram nesta tarde, quando um homem invadiu as instalações da sede da Globo no Rio de Janeiro carregando uma faca e manteve um repórter refém enquanto exigia conhecer a jornalista Renata Vasconcellos, apresentadora do “Jornal Nacional”, o noticiário de maior audiência do Brasil.
Em uma nota, a Globo disse que ninguém ficou ferido no incidente e condenou o que aconteceu, embora tenha notado que o ataque “não teve conotação política”.
“A Globo repudia veementemente qualquer tipo de violência. (O episódio) foi obra de alguém com transtornos mentais, sem nenhuma conotação política”, afirmou o grupo.
Por sua vez, Bolsonaro, frequentemente criticado por seus repetidos ataques à imprensa e a jornalistas, demonstrou solidariedade aos profissionais e lamentou o ataque “covarde e inaceitável”.
“Que o caso seja investigado brevemente e que o autor seja punido sob o rigor da lei”, acrescentou o presidente ratificando que desaprova a violência contra todos os profissionais da imprensa, “seja a favor ou contra qualquer governo”.
Os ataques físicos e ofensas verbais contra jornalistas, que já haviam aumentado 54% em 2019, intensificaram-se em diferentes atos a favor e contra o governo.
Questionado sobre a escalada da violência contra jornalistas em manifestações a favor de seu governo, Bolsonaro frequentemente atribui os ataques a “possíveis infiltrados” de grupos opostos à sua administração.
O aumento da tensão política levou a principal mídia brasileira, incluindo o jornal Folha de São Paulo e o Grupo Globo, a anunciar a suspensão, por falta de segurança, das reuniões diárias e declarações de Bolsonaro a seus seguidores no Palácio da Alvorada, sua residência oficial em Brasília.
Veja também:
Companhia internacional de dança é perseguida pelo regime chinês