Dólar
O otimismo no mercado de ações não se estendeu ao câmbio. O dólar comercial operou em baixa durante quase toda a sessão, mas encerrou a sexta-feira vendido a R$ 4,813, com alta de R$ 0,0271 (+0,57%). A divisa começou o dia com forte queda. Por volta das 10h30, chegou a R$ 4,64, na mínima do dia. A cotação, no entanto, subiu durante a tarde, após o presidente Donald Trump anunciar estado de emergência nacional nos Estados Unidos por causa do coronavírus e liberar US$ 50 bilhões para o combate à doença.
A moeda norte-americana encerrou a semana com alta de 3,85%. Essa foi a maior desvalorização semanal do dólar desde novembro do ano passado. A divisa acumula alta de 7,4% em março e de 19,93% no ano.
A semana foi marcada pela alta volatilidade no mercado financeiro por causa do agravamento da epidemia de coronavírus, elevado à categoria de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela disputa de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia. A imposição de quarentena em diversas regiões e países diminui a produção e o consumo, podendo levar a uma recessão global. O aumento da extração de petróleo por dois dos principais fornecedores mundiais diminui o preço internacional do barril, prejudicando países produtores como o Brasil.
Ministério da Economia
No Brasil, o Ministério da Economia anunciou uma série de medidas emergenciais , como a antecipação para abril da primeira parcela do décimo terceiro de aposentados e pensionistas, a redução de juros para o crédito consignado dos beneficiários da Previdência Social e a possibilidade de uma nova rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Hoje, Guedes anunciou que o governo pode zerar o imposto de produtos médicos e hospitalares e destinar para a Saúde recursos não sacados dos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep).