Boletim Focus mostra piora em todos os índices econômicos calculados

Por Matheus Andrade
17/06/2024 18:20 Atualizado: 17/06/2024 20:19

O Boletim Focus divulgado em 17 de junho de 2024, apresenta uma piora em vários índices econômicos. O relatório, divulgado semanalmente pelo Banco Central abrange previsões para indicadores como inflação, crescimento do PIB, taxa de câmbio, taxa Selic, entre outros.

  • Inflação (IPCA): A projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 aumentou de 3,80% há quatro semanas para 3,96% atualmente.

Esta elevação contínua indica pressões inflacionárias persistentes, o que pode impactar o poder de compra da população e influenciar as decisões de política monetária.

  • Produto Interno Bruto (PIB): A estimativa de crescimento do PIB sofreu uma leve diminuição, passando de 2,09% na semana passada para 2,08% atualmente.

Apesar de pequena, essa redução reflete uma perspectiva de crescimento econômico mais fraco.

  • Taxa de câmbio: A previsão para a taxa de câmbio subiu de R$5,04 para R$5,13. 

A desvalorização do real frente ao dólar pode encarecer importações, pressionando ainda mais a inflação, e afetar negativamente setores que dependem de insumos importados.

  • Taxa Selic: A projeção para a taxa Selic aumentou de 10,25% para 10,50%.

O aumento na taxa básica de juros é uma tentativa do Banco Central de controlar a inflação, mas pode também desacelerar o crescimento econômico ao encarecer o crédito e desestimular investimentos.

  • IGP-M: O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado para reajustar contratos de aluguel, mostrou um aumento de 2,47% para 3,10%.

Este aumento significativo pode impactar tanto o mercado imobiliário quanto os custos para empresas e consumidores que utilizam este índice como referência.

  • Conta corrente: O déficit em conta corrente ampliou-se de -32,20 bilhões de dólares para -36,20 bilhões de dólares.

Um aumento no déficit indica uma maior necessidade de financiamento externo, o que pode aumentar a vulnerabilidade econômica.

  • Dívida líquida do setor público: A relação dívida líquida/PIB subiu de 63,80% para 63,68%.

O crescimento da dívida pública pode limitar a capacidade do governo de realizar investimentos e aumentar a carga de juros sobre a economia.

  • Resultado primário e nominal: O déficit primário projetado aumentou levemente de -0,70% para -0,71% do PIB, enquanto o déficit nominal piorou de -6,90% para -7,20% do PIB.

Estes resultados podem indicar uma deterioração nas contas públicas.