Por Brehnno Galgane, Terça Livre
O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informou nessa terça-feira (27) a criação de uma equipe para impedir questionamentos sobre o processo eleitoral.
A equipe composta por Aline Osório, secretária-geral da presidência do TSE, e Júlio Valente, secretário de Tecnologia da Informação do TSE, será responsável por monitorar manifestações nas redes sociais sobre a segurança do processo eleitoral brasileiro. A medida visa impedir questionamentos sobre as eleições.
A determinação do ministro faz parte de um esforço de sua gestão à frente do TSE para combater a suposta “disseminação de notícias falsas” envolvendo as eleições.
O tribunal chegou a dar início a uma campanha que taxa como desinformação publicações nas redes sociais sobre o assunto.
Em entrevista à Jovem Pan nessa terça-feira (27), o relator da PEC do voto impresso auditável na Câmara, deputado Filipe Barros (PSL-PR), criticou as falas sobre a proposta divulgada por ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal.
Segundo Filipe Barros, “após as reuniões convocadas pelos ministros do TSE e do STF, os parlamentares mudaram suas posições”, que antes eram favoráveis à pauta.
“Então, a composição da comissão especial mudou. Com a reforma ministerial, esperamos que a base seja consolidada, a fim de retomar a maioria na comissão”, disse.
O deputado criticou também a campanha de desinformação contra o voto impresso.
“É impressionante vermos autoridades públicas promovendo fake news na mídia, dizendo que queremos a volta da cédula de papel — embora não queiramos isso. Defendemos a migração das urnas de primeira geração para as de segunda geração. Na prática, o eleitor vota na urna eletrônica e, ao fim da votação, recebe um comprovante, para conferir se o voto dele está correto”, explicou.
O comentarista político Bruno Dornelles, durante o Boletim da Noite de terça-feira (27), criticou as constantes tentativas de Barroso para barrar a vontade e a liberdade da população brasileira pelo voto impresso auditável.
“A população quer a segurança da votação eletrônica. Agora, por mais que repita isso, por mais que grite, quem defende isso [segundo o TSE] está ‘questionando as eleições’”, apontou o comentarista político.