A Procuradoria-Geral da Suíça informou, nesta sexta-feira, que segue bloqueando 110 milhões de francos (cerca de US$ 123 milhões) ligados ao escândalo da Lava Jato, que há nove anos desencadeou a maior operação de combate contra a corrupção no Brasil.
Outros 450 milhões de francos (cerca de US$ 504 milhões) foram entregues às autoridades brasileiras com o consentimento das pessoas envolvidas, disseram fontes do Ministério Público à agência de notícias suíça “AWP”.
A agência acrescentou que cerca de 20 processos criminais ainda estão em andamento na Suíça em conexão com o escândalo, e que quatro deles envolvem bancos suíços.
A Operação Lava Jato foi uma das maiores iniciativas de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil. Iniciada em março de 2014, a operação teve como objetivo investigar um esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo empresários, políticos e agentes públicos. A partir das investigações em Curitiba, foram descobertas irregularidades na estatal, além de contratos fraudulentos, como o da construção da usina nuclear Angra 3. A complexidade do esquema levou à abertura de novas frentes de investigação em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
Durando aproximadamente sete anos, a Operação Lava Jato foi encerrada em fevereiro de 2021. Apesar de controvérsias e debates em torno operação, é dita um episódio relevante de combate à corrupção no Brasil e em outros países implicados nas investigações. Ela levou à devolução de mais de 4 bilhões de reais desviados dos cofres públicos
Apoiadores dizem que a Lava Jato ajudou a reduzir uma sensação de impunidade ou impotência diante das elites nacionais.
Com informações da Agência EFE.
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