A arrecadação federal registrou R$ 209,2 bilhões em novembro de 2024, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (7). Esse é o segundo maior valor já registrado para o mês, superado apenas por 2013, quando a arrecadação foi de R$ 210,2 bilhões.
O crescimento tendo como parâmetro o mesmo período do ano anterior foi de 11,21% em termos reais, considerando a inflação.
A maior parte da arrecadação foi gerada por tributos administrados pela Receita Federal, que somaram R$ 203,1 bilhões, com uma alta de 12,3% em comparação a novembro de 2023. Já a administrada por outros órgãos ficou em R$ 6,3 bilhões, apresentando uma queda de 15,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Apesar do desempenho em termos anuais, a arrecadação apresentou uma queda de 15,94% em comparação a outubro de 2024, após ajustes pela inflação. No acumulado de janeiro a novembro de 2024, o total arrecadado foi de R$ 2,44 trilhões, o que representa um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Entre os tributos que se destacaram em novembro, o PIS/Cofins foi um dos maiores responsáveis pelo aumento, com arrecadação de R$ 46,1 bilhões, o que corresponde a uma alta anual de 17,7%.
O Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também apresentaram grande expansão, com aumento de 58,5% e arrecadação de R$ 10,6 bilhões.
Apesar dos resultados, o governo enfrenta um cenário de déficit nas contas públicas, devido ao crescimento maior das despesas em relação às receitas. Além disso, a renúncia fiscal também tem impactado a arrecadação, com uma perda de R$ 112,9 bilhões nos primeiros 11 meses de 2024.
Apenas em novembro, a desoneração da folha de pagamentos representou uma perda de R$ 10,2 bilhões. Afetando 17 setores da economia, a desoneração gerou um total de R$ 19,4 bilhões no ano. O benefício fiscal será gradual até 2028.
