Após TRE-SP formar maioria para cassar seu mandato, Zambelli afirma sofrer “perseguição”

Por Redação Epoch Times Brasil
14/12/2024 14:39 Atualizado: 14/12/2024 17:05

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) fez publicações nas redes sociais neste sábado (14), mencionando a “perseguição” que estaria sofrendo após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) formar maioria para cassar seu mandato.

A decisão aconteceu na sexta-feira (13), quando o placar foi de 4 votos a 0 a favor da cassação. A acusação contra Zambelli é de disseminação de desinformação eleitoral durante as eleições de 2022.

Em suas postagens, a parlamentar citou uma passagem do livro de Mateus, que fala sobre aqueles que “sofrem perseguição por causa da justiça”.

A deputada também compartilhou a música “Goodness of God” (“Bondade de Deus”), da cantora gospel americana Cece Winans, como forma de expressar sua fé diante da situação. A citação bíblica destaca que aqueles que são perseguidos injustamente têm grande recompensa no céu.

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, falarem todo mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós”, escreveu Zambelli em seu perfil na rede social X.

Confira o post:

Pedido de vista adia julgamento

Apesar da maioria favorável à cassação, o julgamento foi suspenso após a juíza Maria Cláudia Bedotti pedir vista — ou seja, mais tempo para analisar o caso. Com isso, o processo deve ser retomado em 2025, após o recesso do Judiciário.

O corregedor-regional eleitoral de São Paulo, Encinas Manfré, foi o relator. A deputada ainda pode recorrer à decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A ação, que aponta abuso de poder político e uso indevido das redes sociais, foi movida pela sua colega na Câmara, deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

A acusação da psolista é a de que Zambelli teria usado sua influência como parlamentar, bem como sua base de seguidores, para disseminar desinformação e enfraquecer uma suposta confiança nas urnas.

Cadeira pode ficar com PSOL

Em nota, Zambelli afirmou que “nada mudou” e continuará trabalhando em prol de seus quase 1 milhão de eleitores. “A Justiça de Deus está agindo e continuará agindo até o fim desse processo”, declarou.

A deputada também observou que a coincidência do julgamento ocorrer em uma sexta-feira 13 é simbólica, lembrando a perseguição histórica aos cristãos templários.

Se o mandato de Zambelli for efetivamente cassado, seu lugar na Câmara dos Deputados será ocupado por um membro do PSOL, partido responsável pela ação.