Por Bruna Lima, Terça Livre
Após protestos violentos contra o Governo de Jair Bolsonaro no sábado (03), milhares de cidadãos manifestaram repudio nas redes sociais.
A hashtag ‘Esquerda Criminosa’ ultrapassou 120 mil tuítes em menos de 24 horas.
A movimentação dos militantes da esquerda aconteceu em algumas capitais do país. Em São Paulo, o evento teve maior registro de violência.
Integrantes do movimento encapuzados invadiram e atearam fogo em uma agência bancária na Avenida da Consolação, na capital paulista.
Além disso, pontos de ônibus, a entrada de uma estação de metrô, um acesso da Linha 4-Amarela de Metrô e fachadas de alguns comércios e da Universidade Presbiteriana Mackenzie também foram depredadas.
Integrantes do PSDB haviam anunciado sua participação no evento, quando chegaram à Avenida Paulista, no entanto, foram atacados por militantes do PCO.
Para tentar conter os criminosos que usavam grades, rojões, pedras e pedaços de pau, Policiais Militares de SP usaram bombas de efeito moral e spray de pimenta.
De acordo com informações divulgadas nas redes sociais, até mesmo bicicletas foram usadas para atacar os agentes.
Pelo menos um policial e oito funcionários do Metrô ficaram feridos. Alguns foram levados para o PS da Santa Casa de São Paulo.
De acordo com o Movimento Passe Livre, somente 04 manifestantes foram detidos.
Os protestos fazem parte da “Campanha Fora Bolsonaro”, inciativa da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, com o apoio de todos os partidos de esquerda, centrais e sindicatos.
Além da hashtag ‘Esquerda Criminosa’, o presidente da República, Jair Bolsonaro, também criticou a violência causada pelos manifestantes de esquerda.
“Nenhum genocídio será apontado. Nenhuma escalada autoritária ou “ato antidemocrático” será citado. Nenhuma ameaça à democracia será alertada. Nenhuma busca e apreensão será feita. Nenhum sigilo será quebrado. Lembrem-se: nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder!”, disse Bolsonaro em publicações nas redes sociais.
O presidente fez referência aos Inquéritos comandados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acusa apoiadores do Governo de fazer parte de organizações criminosas que visam atacam as instituições e o Estado Democrático de Direito.
Na última semana, o ministro deu início a uma nova investigação, que mira Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente, além de políticos, ativistas e jornalistas conservadores.