O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em São Paulo, no sábado (29), para anunciar a expansão da linha do metrô na cidade. Durante seu discurso, lamentou não poder mencionar Guilherme Boulos (PSOL) em seus discursos políticos para evitar novos problemas com a Justiça Eleitoral.
Durante seu discurso, o presidente disse que não podia citar Boulos, que é pré-candidato à prefeitura de São Paulo, devido a uma multa anterior por propaganda eleitoral antecipada.
“Eu não posso falar o nome do Boulos, porque já fui multado uma vez. Não posso falar,” disse Lula, referindo-se à penalidade imposta pela Justiça Eleitoral após ele mencionar Boulos em um evento no Dia do Trabalhador, 1º de maio.
Na ocasião, o presidente pediu votos abertamente para o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) na próxima eleição municipal, o que resultou em uma multa de R$ 20 mil para Lula e R$ 15 mil para Boulos.
Em seu discurso, Boulos elogiou as políticas do governo federal “voltadas para a população mais pobre”, mas evitou mencionar o recente aumento sistemático de impostos e taxações sobre compras internacionais acima de US$ 50, conhecido como imposto “das blusinhas”, sancionado pelo presidente Lula.
“Precisamos olhar para as regiões mais carentes da nossa cidade e garantir que todos tenham acesso a serviços públicos de qualidade,” destacou Boulos.
O deputado federal estava acompanhado de outras autoridades, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Camilo Santana (Educação) e Jader Filho (Cidades).
Quase no final de seu discurso, ao agradecer os presentes, a plateia pediu que Lula mencionasse Boulos, mas ele recusou para evitar novas punições.
A ausência do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB) no evento foi notada por Lula, que aproveitou a oportunidade para criticar os aliados de Jair Bolsonaro (PL).
“É fundamental que os governos federal, estadual e municipal trabalhem juntos para que possamos concluir projetos importantes para a nossa população,” disse.