No terceiro trimestre de 2024, as pequenas indústrias brasileiras mostraram um desempenho positivo. Isso ocorreu apesar das dificuldades enfrentadas com a alta carga tributária e outros desafios.
De acordo com o Panorama da Pequena Indústria, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a situação financeira e o desempenho das pequenas indústrias foram mais favoráveis em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A elevada carga tributária continua sendo o principal obstáculo enfrentado pelas pequenas indústrias. No terceiro trimestre de 2024, 42,5% das pequenas indústrias de transformação e 37,5% das pequenas indústrias da construção apontaram a carga tributária como um dos principais problemas.
Essa pressão fiscal impacta diretamente na competitividade e na capacidade de investimento dessas empresas.
Além disso, a falta de trabalhadores qualificados também ganhou relevância.
29,8% das pequenas indústrias de transformação apontaram a falta de trabalhadores qualificados como um desafio. Já nas pequenas indústrias da construção, 25% relataram a falta de trabalhadores não qualificados como um problema significativo.
Apesar desses desafios, o índice de desempenho das pequenas indústrias atingiu 47,5 pontos no terceiro trimestre de 2024.
Esse índice considera uma ponderação entre o volume de produção, a utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual e a evolução do número de empregados.
A situação financeira das pequenas indústrias também apresentou melhora no terceiro trimestre de 2024. O índice de situação financeira ficou em 42,8 pontos, um avanço de 1,7 ponto em relação ao trimestre anterior.
Esse índice ficou em 42,8 pontos, acima da média histórica de 38,6. Esses resultados indicam uma condição financeira mais favorável do que o usual, apesar das adversidades enfrentadas pelo setor.
Além disso, a confiança dos empresários das pequenas indústrias se manteve estável durante o período analisado. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da pequena indústria registrou 51,9 pontos em outubro de 2024.
Esse valor indica que os empresários ainda estão confiantes. O valor permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.