Ao tomar posse na Secom, Sidônio Palmeira critica Meta e diz que povo não vê “virtudes” no governo

Por Redação Epoch Times Brasil
14/01/2025 15:43 Atualizado: 14/01/2025 16:22

O publicitário Sidônio Palmeira assumiu, nesta terça-feira (14), o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

A nomeação foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última terça-feira (7) e marca a saída de Paulo Pimenta, que esteve à frente da secretaria desde o início do governo.

Em seu discurso de posse, o novo ministro criticou a Meta, empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, devido às mudanças anunciadas pelo CEO, Mark Zuckerberg, sobre o abandono das agências que realizam checagem dos fatos.

“As medidas anunciadas recentemente pela Meta são ruins, porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional”, acusou Sidônio. “Defendemos a liberdade de expressão. Lamentamos que o extremismo esteja distorcendo esse conceito para viabilizar a liberdade de manipulação”.

Marqueteiro de longa data do presidente Lula, Sidônio foi responsável pela comunicação da campanha do petista em 2022, e não poupou críticas ao que ele entende por “extrema-direita”.

“A mentira nos ambientes digitais, fomentada pela extrema-direita, cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”, disse o novo chefe da Secom. “Esse movimento aprofunda o negacionismo, a xenofobia e as violências raciais e de gênero.”

Sidônio também aproveitou a posse para apontar supostas falhas de comunicação por parte do governo, que ele pretende solucionar: “A informação de serviço não chega na ponta”, observou o marqueteiro. “A população não consegue ver o governo em suas virtudes.”

Desde o início de 2023, Sidônio já colabora com o governo nas estratégias de comunicação. Sua participação foi intensificada no final de 2024, em momentos importantes da gestão Lula.

Um exemplo recente foi sua atuação na divulgação do pacote de cortes de gastos, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento veiculado em rede nacional de rádio e TV no final de novembro de 2024.