Por Brehnno Galgane – Terça Livre
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na última quinta-feira (13), em transmissão ao vivo nas redes sociais, que a hidroxicloroquina e a ivermectina poderão ser compradas sem a retenção obrigatória da receita pelas farmácias.
Bolsonaro afirmou que foi informado por Antônio Barra, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da nova regulação.
Os que desejarem comprar os medicamentos continuarão precisando da receita assinada por um médico, mas com um grau a menos de exigência. A retenção impede, por exemplo, que receitas sejam reaproveitadas.
Segundo o presidente, a exigência da dupla via evitava a compra de grandes quantidades para revenda, mas isso foi alterado. “Evitar a compra para fazer negócio, para revender, para fazer estoque agora, a Anvisa fez uma resolução de que precisava de uma receita dupla via, com retenção, mas isso mudou agora”, disse Bolsonaro.
O presidente defendeu as críticas ao fato de ele ter pedido que o laboratório do Exército produzisse hidroxicloroquina e admitiu um estoque de cerca de 4 milhões de comprimidos. Segundo Bolsonaro, esse estoque existe, mas não exclusivamente dessa fonte de produção.
O presidente também argumentou que o Brasil utiliza em torno de R$ 3 milhões por ano para combater doenças para as quais o uso da cloroquina é recomendada, no caso a malária, lúpus e artrite, “então nada vai ser jogado fora”.
Pazuello: Não conseguimos atender nem 50% da demanda por hidroxicloroquina
Também na quinta-feira, ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo federal não conseguiu atender nem 50% das demandas por hidroxicloroquina.
Em audiência pública no Congresso, ele disse que a pasta já distribuiu 5,3 milhões de doses do medicamento.
“Coloco de uma forma bem clara que nós atendemos demandas, nós não distribuímos sem demanda”, disse Pazuello.
Com informações, CNN Brasil e Revista Oeste
Apoie nosso jornalismo independente doando um “café” para a equipe.