Anvisa aprova novo medicamento que reduz em 76% risco de morte por câncer de pulmão

Alecensa, antes restrito a casos avançados, agora é aprovado para estágios iniciais do câncer de pulmão.

Por Redação Epoch Times Brasil
29/11/2024 17:23 Atualizado: 29/11/2024 17:23

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou recentemente a aprovação de um novo medicamento que promete revolucionar o tratamento do câncer de pulmão em estágios iniciais.

Trata-se do Alecensa, cujo princípio ativo é o alectinibe. O medicamento já era amplamente utilizado em casos de câncer de pulmão de não pequenas células ALK-positivo em fases mais avançadas, mas, agora, está aprovado também para pacientes em estágios iniciais da doença.

O câncer de pulmão, considerado um dos tipos de câncer mais letais do mundo, afeta milhares de pessoas anualmente. Avanços na terapia têm sido aguardados com grande expectativa tanto pela comunidade médica quanto pelos pacientes.

O uso do Alecensa em pacientes com câncer de pulmão em estágios iniciais se mostrou promissor, com estudos clínicos indicando uma redução de 76% no risco de recorrência ou morte em relação ao tratamento padrão.

Este nível de eficiência é significativo, pois aborda uma das maiores preocupações dos pacientes que são submetidos a cirurgias para a remoção do tumor: o risco de a doença voltar.

Com o medicamento, há uma maior chance de erradicação da doença e de maior sobrevivência a longo prazo.

Para muitos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão ALK-positivo, os tratamentos existentes até então focavam em combater a doença em suas fases mais críticas, quando o tumor já havia se espalhado para outras áreas do corpo.

O Alecensa, que é um inibidor de tirosina quinase altamente eficaz, age diretamente sobre as mutações do gene ALK, impedindo que as células cancerígenas continuem a crescer e a se dividir.

Essa abordagem molecular é considerada menos invasiva do que outros tratamentos, como a quimioterapia convencional, que afeta tanto células saudáveis quanto as cancerígenas.

Embora o tratamento do câncer de pulmão ainda dependa de uma série de fatores, como o diagnóstico precoce, a aprovação do Alecensa é um passo na direção de terapias que ofereçam maiores chances de sucesso, com menores efeitos colaterais.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pulmão é o quinto tumor maligno mais frequente no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Estima-se que milhares de novos casos sejam diagnosticados anualmente, e a mortalidade associada à doença é alta devido ao diagnóstico tardio, o que torna a prevenção e o tratamento precoce fundamentais.

Com a aprovação, espera-se que o Alecensa esteja disponível nos próximos meses nos principais centros de tratamento do país, trazendo mais uma opção para aqueles que enfrentam esse desafio.