Anatel determina novo bloqueio ao X após migração para a Cloudflare

Anatel, com ajuda da Cloudflare, conseguiu isolar os novos IPs e determinar a suspensão do acesso no Brasil.

Por Redação Epoch Times Brasil
19/09/2024 08:46 Atualizado: 19/09/2024 08:46

A Anatel determinou um novo bloqueio ao X (antigo Twitter) após o primeiro fracassar. A mudança de servidores do X para a Cloudflare, especializada em segurança e infraestrutura de internet, permitiu que a rede social contornasse a medida.

Apesar disso, a Anatel conseguiu apoio com a Cloudflare, segundo o UOL, e já isolou os IPs pertencentes ao X e determinou novamente o bloqueio para cerca de 20.000 provedores de internet. Com a nova determinação, o acesso ao X deve voltar a ser bloqueado no país.

O STF havia solicitado o primeiro bloqueio devido à ausência de um representante legal e questões de conteúdo na plataforma, mas a estratégia de Elon Musk complicou os esforços das autoridades brasileiras.

Contexto do bloqueio

A Anatel impôs o bloqueio ao X após decisão do STF que visava interromper o funcionamento da rede social no Brasil. A medida foi parte de um processo ligado à moderação de conteúdo e à recusa da empresa em censurar perfis. Inicialmente, as operadoras bloquearam os IPs fixos da rede social para tornar o X inacessível no país.

Entretanto, o X reagiu rapidamente, migrando seus servidores para a infraestrutura da Cloudflare, o que alterou os endereços de IP usados pela rede social, permitindo que ela continuasse acessível no Brasil.

O papel da Cloudflare

A Cloudflare é especializada em segurança cibernética e otimização de tráfego. Sua tecnologia de proxy reverso espelha dados em servidores globais, dificultando o bloqueio de IPs específicos. No Brasil, o X passou a utilizar novos IPs fornecidos pela Cloudflare para contornar as restrições impostas pelas autoridades.

Segundo especialistas, bloquear todos os IPs ligados à Cloudflare seria inviável, pois a empresa atende milhares de plataformas no Brasil. Um bloqueio amplo afetaria diversos serviços que dependem dela, como e-commerces e provedores de conteúdo.

Medidas técnicas para driblar o bloqueio

Ao migrar para a Cloudflare, o X passou a distribuir seu tráfego em múltiplas redes, o que dificultou o bloqueio eficaz pelas operadoras brasileiras. Com a alteração do sistema de DNS, os novos IPs dinâmicos fornecidos pela Cloudflare tornaram mais complexa a tarefa de restringir o acesso à rede social.

Além disso, o X adotou o uso de “proxy reverso”, que mascara seu tráfego, fazendo parecer que vem de diferentes fontes. Essa tecnologia, geralmente usada para otimização e segurança, foi empregada para driblar a determinação judicial de bloqueio.