Ana Botín aposta no Brasil apesar de crise econômica causada pela Covid-19

14/11/2020 20:57 Atualizado: 14/11/2020 20:57

Por Agência EFE

A presidente do Banco Santander, Ana Botín, demonstrou na sexta-feira (13) sua confiança na capacidade de crescimento do Brasil, apesar da conjuntura econômica atual, com impactos de curto e médio prazo causados pela pandemia de Covid-19, além dos juros baixos e da desvalorização do real.

No entanto, os juros em patamar mínimo histórico, aliados ao forte crescimento do crédito e à baixa inflação, fazem com que Botín, de 60 anos, acredite que o Brasil parte de um ponto “excelente” para uma recuperação sustentável que poderá favorecer o crescimento da classe média.

Em um encontro virtual com funcionários do banco espanhol durante uma visita ao país sul-americano, Botín também destacou que, assim que a crise for superada e a economia estiver se recuperando, é importante que o país avance na consolidação fiscal.

A executiva também disse que o Brasil desempenha um papel fundamental na estratégia digital do grupo espanhol e falou sobre algumas iniciativas, incluindo propostas de inclusão financeira como o Prospera, que oferece microcrédito, conta corrente, poupança, seguro, maquininha, entre outros serviços a empreendedores.

Segundo Botín, que representa a quarta geração de sua família à frente do banco, até o final de 2021 este programa terá contribuído para o desenvolvimento de mais de 600.000 novos empresários na região.

Outro ponto abordado pela presidente do Santander foi a meta de ter pelo menos 30% dos cargos de liderança da empresa ocupados por mulheres até 2025 – a taxa atual é de 28%.

Ela também explicou que o banco tem como objetivo alcançar a plena igualdade e maior diversidade racial, com uma porcentagem de 30%, mas a partir de 2021.

Digitalização e aumento da eficiência

Botín destacou que o processo de digitalização será acelerado ainda mais depois da crise causada pela pandemia e que o setor bancário continuará sendo constantemente “desafiado”.

De acordo com a executiva, haverá mais rupturas digitais, maior pressão regulatória, e novos competidores tecnológicos crescerão mais rápido, contando também com vantagens concedidas pelas legislações.

Para cumprir as leis e melhorar a rentabilidade, segundo ela, é preciso continuar a melhorar a eficiência do grupo para que ele se torne uma instituição eficiente que “atraia, desenvolva, remunere e retenha colaboradores com base na meritocracia”.

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