Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) estão buscando expandir os protestos que estavam concentrados no campus universitário da USP na capital paulista. Os protestos que ocorrem devido a guerra entre Israel e Hamas tem seu epicentro nas universidades dos Estados Unidos, mas já se espalharam para a Europa e Brasil.
No dia 7 de abril, alunos pertencentes ao grupo Faísca Revolucionária da USP, que se define como uma “juventude comunista de trabalhadores e estudantes impulsionada pelo MRT e independentes!”, armaram barracas nas instalações da USP em protesto contra Israel.
De acordo com o site Aliados Brasil, eles iniciaram os protestos no fim da tarde do dia 7 e já contavam com cerca de 50 pessoas. Às 22h da noite, de acordo com a revista Oeste, já haviam 26 barracas erguidas na universidade.
Os estudantes estenderam bandeiras que diziam “Palestina livre, do rio ao mar” devido a grande parte do território de Israel estar localizado entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Eles também levantaram cartazes protestando contra o que chamam de “genocídio palestino”. De acordo com os alunos é essencial que a USP quebre convênios e ligações com universidades e instituições israelenses.
O deputado Marco Feliciano (PL-SP) solicitou uma investigação ao Delegado-Geral de São Paulo para investigação dos movimentos de “simpatizantes do grupo terrorista”, de acordo com o pedido do deputado.
O deputado da oposição postou em seu perfil na rede social X, antigo Twitter:
“Quando parece que já vimos de tudo, aparecem “estudantes” da USP invadindo o Campus em apoio aos terroristas do Hamas exigindo idiotices contra Israel. Se não forem tomadas enérgicas providências esse rastilho se espalhará. Acionei o MP/Polícia Civil pedindo a reintegração de posse.”
Na quinta-feira (9), após uma decisão tomada em assembleia na USP, os estudantes desmontaram o acampamento.
Em uma publicação em um perfil do X, uma estudante diz que o que está ocorrendo na USP é “uma mobilização internacional. Uma mobilização dos estudantes dos Estados Unidos, dos estudantes europeus mas também dos estudantes latino-americanos”. No vídeo, a estudante diz o verdadeiro motivo pelos protestos que estão ocorrendo no mundo: Israel é “altamente ligado aos Estados Unidos”.