O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou no dia 1 de abril que o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, seja libertado. Ele foi preso por ordem do próprio Alexandre de Moraes no âmbito das investigações sobre os atos de vandalismo no dia 8 de Janeiro de 2024.
O coronel era responsável pelo 1º Comando de Policiamento Regional (CPR) da PMDF, que tinha supervisão sobre o 6° batalhão da corporação que era responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios.
O coronel foi preso junto com outras seis autoridades da Polícia Militar do DF e são acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado. Os militares também estão sendo julgados por infrações militares e descumprimento do dever.
As investigações realizadas até agora indicam uma suposta omissão do coronel frente aos atos ocorridos no dia 8 de Janeiro. De acordo com o coronel em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Investigação da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ele estava de folga no dia das manifestações, que ocorreu em um domingo.
As investigações também disseram que mensagens nos celulares de policiais mostraram “uma profunda contaminação ideológica” entre a Polícia Militar do Distrito Federal.
Esse não é o primeiro caso onde autoridades da Polícia Militar são libertadas para julgamento em liberdade provisória. No mês de março de 2024, o ministro Alexandre de Moraes, concedeu a liberdade provisória, com medidas cautelares, ao também coronel Bernardo Romão Corrêa Netto. O militar também está sendo investigado devido aos atos de 8 de Janeiro.
Em Março foi a vez de outro coronel da Polícia Militar ser libertado, Paulo José Bezerra. Paulo também foi preso devido às investigações do 8 de janeiro e teve seu pedido de soltura negado pelo ministro Alexandre de Moraes. Após novos pedidos, Moraes cedeu a liberdade provisória ao coronel por entender que por o coronel ter entrado na reserva, ele não mais apresentaria riscos de interferência nas investigações.
Paulo José Bezerra, Bernardo Romão Corrêa Netto, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e mais 4 coronéis que pertenciam à cúpula da PMDF estão sendo investigados pela Justiça e podem novamente ser presos a qualquer momento.