O Brasil registrou 5,65 milhões de hectares queimados em agosto de 2024, quase metade da área total queimada no ano. Esse número representa um aumento de 149% em relação ao mesmo mês de 2023, quando foram queimados 2,26 milhões de hectares.
Segundo dados do MapBiomas, entre janeiro e agosto de 2024, mais de 11,39 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo, sendo 70% de vegetação nativa. O Cerrado foi o bioma mais afetado, com 2,44 milhões de hectares queimados em agosto, representando 43% do total.
Além do Cerrado, a Amazônia teve 2,02 milhões de hectares destruídos. O Pantanal, embora não tenha sido o bioma mais afetado, registrou um aumento de cerca de 1.853%, saindo de 549 focos de incêndio para 10.724 focos de incêndio.
Mato Grosso é o estado mais atingido
O estado do Mato Grosso registrou a maior área queimada em agosto de 2024, com 1,71 milhão de hectares, correspondendo a mais de 30% do total nacional. Os municípios mais atingidos foram Barra do Garças, Nova Nazaré e Campinápolis, com mais de 90 mil hectares queimados cada um.
Esse aumento de queimadas representou um crescimento de 271% em relação ao mesmo período de 2023. O
- Queimadas aumentam 149% em agosto de 2024 no Brasil,
- Cerrado é o bioma mais afetado pelas queimadas em 2024,
- Amazônia registra 2,02 milhões de hectares queimados em agosto,
- Pantanal sofre aumento de 1.853% nos focos de incêndio em 2024,
- Brasil destrói mais de 5,65 milhões de hectares em agosto de 2024..
estado, importante produtor agropecuário, enfrenta riscos com o fogo, que pode comprometer áreas de cultivo, pastagens e ecossistemas frágeis.
Impacto em pastagens e áreas de cultivo
O relatório do MapBiomas destacou que, além dos biomas nativos, áreas agropecuárias foram severamente afetadas pelas queimadas em agosto. Pastagens representaram 50,7% da área queimada, enquanto o cultivo de cana-de-açúcar, especialmente em São Paulo, também sofreu perdas significativas.
As consequências econômicas são preocupantes, pois a destruição de pastagens compromete a produção pecuária, e o fogo em áreas agrícolas reduz a capacidade produtiva e aumenta o risco de novos incêndios devido à degradação do solo.
Comparação com anos anteriores
O relatório revela que a área total queimada em agosto de 2024 foi 177% maior do que a média do mesmo mês nos anos anteriores. Esse aumento está relacionado a condições como seca e intensificação do desmatamento e uso inadequado do fogo em áreas rurais.
Desde 2019, agosto tem sido o mês com maior incidência de queimadas no Brasil, mas os números de 2024 superaram largamente os registros anteriores, destacando a necessidade de ações de monitoramento e controle para mitigar os impactos em biomas nativos e áreas produtivas.