Agências Reguladoras Federais alertam sobre crise de orçamento e pessoal

As agências também pontuaram a defasagem nos cargos públicos, que chega a 65%, sem sequer uma perspectiva para cobrir a defasagem.

Por Redação Epoch Times Brasil
31/05/2024 19:50 Atualizado: 31/05/2024 19:50

Em nota conjunta divulgada na quinta-feira (30), no site do governo federal, 11 Agências Reguladoras Federais do Brasil alertaram para uma crise iminente devido a cortes orçamentários de 20% e à falta de pessoal. A situação, descrita como crítica, ameaça comprometer a continuidade das atividades regulatórias para diversos setores da economia.

Segundo a nota, essas agências são responsáveis pela regulação de setores que representam uma significativa parcela do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, abrangendo desde a segurança hídrica até a qualidade dos serviços de telecomunicações e energia elétrica.

As agências afetadas incluem:

  1.  Agência Nacional de Águas (ANA), 
  2. Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), 
  3. Agência Nacional do Cinema (Ancine), 
  4. Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
  5.  Agência Nacional de Mineração (ANM), 
  6. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 
  7. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 
  8. Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 
  9. Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), 
  10. Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e
  11.  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cortes nos repasses

O orçamento previsto para 2024 foi de aproximadamente R$ 5 bilhões, enquanto a arrecadação conjunta das agências supera R$ 130 bilhões anuais. Um corte de 20% nesse orçamento “pode inviabilizar a realização das ações necessárias para que se possa minimamente continuar a fazer uma boa regulação” 

A situação do quadro de pessoal é igualmente alarmante. Atualmente, mais de 65% dos cargos nas agências estão vagos, consequência de aposentadorias, exonerações e falecimentos. As autorizações para novos concursos não são suficientes para preencher as vagas.

A nota enfatiza a importância de uma regulação técnica, forte e atuante para garantir justiça social, bem-estar dos indivíduos e equilíbrio nas relações econômicas. Ainda defende que a manutenção de um sistema regulatório eficiente é vital para a infraestrutura e os serviços públicos do Brasil. 

As agências concluíram com um apelo ao governo federal para reavaliar os cortes orçamentários e ampliar o quadro de pessoal, assegurando que as agências possam continuar a proteger o interesse público e promover o desenvolvimento sustentável do país.