Por Jarbas Aragão, Gospel Prime
O advogado Cristiano Caiado Acioli tornou-se uma figura conhecida nacionalmente nesta terça-feira (5) após dizer, em um voo de São Paulo a Brasília, ao ministro Ricardo Lewandowski que o “Supremo [Tribunal Federal] é uma vergonha nacional”. O vídeo acabou viralizando nas redes sociais, sendo o caso mais recente do abuso de autoridade constantemente denunciado no país.
Assim que o avião pousou, Acioli, 39 anos, foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no aeroporto de Brasília para prestar esclarecimentos. Acabou detido até à noite.
Após ser solto, afirmou ao Correio Braziliense que se considera vítima de abuso de autoridade e irá lutar para que o magistrado que ordenou sua condução seja punido de alguma forma. Contudo, sabe que dificilmente terá sucesso: “É uma luta de Davi contra Golias”.
“Vamos estudar todas as medidas, mas é uma luta desigual. É de um cidadão contra um ministro do Supremo. E a Corte fará de tudo para se proteger. Não tem ninguém acima deles, e eu não sou ninguém”, lamenta.
Sobre sua detenção, Acioli explicou: “Fui conduzido sem ter cometido crime. Não foi me dado uma opção. E eu tive cuidado de me manifestar de forma educada. Além disso, o ministro é uma pessoa pública, ele jamais poderia reagir daquela forma, ele abusou do poder, do cargo. É uma situação inadmissível”.
Contou ainda que tentará pedir o impeachment de Lewandowski. “Essa vai ser minha meta. Pode não dar certo? Pode. Mas eu acho que, agora, tenho de ir até o fim”, destaca. “Uma pessoa pública deve estar disposta a ouvir críticas. O cidadão tem o direito de sentir vergonha, orgulho. Ainda mais quando você se refere a um ente não vivo, como o STF”, encerrou.