Acre registra 4 mil casos de dengue e decreta estado de emergência

Em dezembro, uma criança de 9 anos morreu, outros dois óbitos estão em investigação.

Por Redação Epoch Times Brasil
11/01/2025 18:37 Atualizado: 11/01/2025 18:37

Diante de 4 mil casos de dengue, o Acre começa 2025 com decreto de estado de emergência em saúde pública. A medida, publicada nesta quinta-feira (9) no Diário Oficial da União (DOU), tem validade de 90 dias e visa mobilizar recursos para assistência nos municípios.

O estado, governado por Gladson Cameli (Progressistas), confirmou 4.036 casos da doença e a morte de uma criança, enquanto outros dois óbitos estão em investigação. As informações foram divulgadas pelo secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, durante coletiva de imprensa.

“Atualmente, 11 municípios estão em situação de risco por causa da doença, com mais de 4.000 casos confirmados, dos quais 24 necessitaram de intervenção hospitalar”, disse Pascoal.

“Infelizmente, tivemos um óbito no final do ano, uma criança de 9 anos em Cruzeiro do Sul, e outros dois óbitos estão em investigação”, acrescentou o secretário.

O aumento de casos de arboviroses urbanas tem sido alarmante nas últimas semanas na região. Os registros de Chikungunya aumentaram 411,9%, passando de 59 para 302 casos prováveis; os de zika vírus apresentaram crescimento de 49,5%, totalizando 173 ocorrências prováveis.

Neste sábado (11), após o decreto de emergência, o Ministério da Saúde informou que uma equipe técnica chegará ao Acre na segunda-feira (13) para monitorar a situação de perto.

Estava prevista também a visita da ministra da Saúde, a socióloga Nísia Trindade. Mas, segundo a pasta, houve mudança na agenda e ela irá para Roraima, estado governado por Antônio Denarium (Progressistas).

Em 2024, o Acre foi o 13º estado com mais casos de dengue no Brasil e o segundo na região Norte, com uma média de 841,3 casos a cada 100 mil habitantes. Os dados foram atualizados pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses até 27 de dezembro.

A prefeitura de Rio Branco, capital do estado, elaborou um plano de contingência, com a participação de diversos órgãos no combate à dengue. Um mutirão de limpeza contra focos de larvas do mosquito Aedes aegypti teve início em dezembro, com o objetivo de reforçar a mobilização durante o inverno.

Alerta: dengue tipo 3 retorna após 17 anos

De acordo com o Ministério da Saúde, o tipo 3 do vírus da dengue voltou a circular no país após 17 anos sem registros. O tipo 3 foi detectado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

Os especialistas explicam que o Aedes aegypti, causador da dengue, é altamente adaptável. Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve eliminar recipientes que acumulem água.

As autoridades também destacam a importância de receber os agentes dos órgãos de vigilância sanitária, que atuam nas residências para controlar a reprodução do mosquito. Esses profissionais são devidamente identificados com suas credenciais.