Brasileiros que se manifestavam pacificamente durante a chegada da delegação chinesa para o G20, neste domingo (17) no Rio de Janeiro, foram assediados e perseguidos por chineses e supostos membros da comitiva do regime.
Representando milhões de adeptos do Falun Dafa, uigures, tibetanos e cristãos, reconhecidamente as principais vítimas das violações contra os direitos humanos praticadas pelo Partido Comunista Chinês (PCCh), 6 praticantes do Falun Dafa brasileiros receberam, em território nacional, o tratamento comum que o regime aplica contra qualquer voz dissidente: repressão e perseguição.
O que aconteceu
Os brasileiros estavam próximos ao local onde a comitiva chinesa passaria, estendendo faixas com dizeres “Falun Dafa é bom” e “Pare a perseguição contra o Falun Dafa”. Dezenas de chineses encobriram as faixas com bandeiras do Brasil e da China. Os brasileiros se afastavam e eram seguidos novamente pelos chineses que os impediam de exercer sua cidadania em seu próprio país.
Segundo relatado pelos manifestantes brasileiros, inicialmente eles ficaram numa pequena ponte com suas faixas instaladas, enquanto os chineses os empurravam e continuam os assediando de todas as formas possíveis. Após intervenção da polícia local, que obrigou os chineses a deixarem os brasileiros em paz, o exército interditou a ponte e ordenou a evacuação do local.
Os brasileiros relataram que um carro chegou pela via interditada para a passagem da delegação e autoridades do PCCh, de onde chineses, supostamente membros da delegação, desceram para orientar aqueles que estavam no local intimidando e sabotando a manifestação pacífica. Ao todo, foram cerca de 80 a 100 chineses que impediram fisicamente que os brasileiros estendessem as faixas. A polícia foi acionada.
“Sim, havia jovens fortes, homens adultos, jovens moças, mulheres adultas, e todos eles nos desrespeitando seriamente, cerceando a nossa liberdade, nos oprimindo, tentando baixar nossa faixa com as mãos com cabos de bandeiras. E uma policial dizia: “Aqui é o Brasil, o nosso país, e eles (nós) têm direito de expressão. Parem de impedi-los e de oprimi-los.”, relatou Alberto, um dos manifestantes brasileiros, ao Epoch Times Brasil.
Quando os brasileiros estavam indo embora do local, os chineses seguiram e fotografaram os carros de aplicativos dos brasileiros. Os chineses estavam acompanhados de dois seguranças brasileiros supostamente armados. A polícia auxiliou os brasileiros que conseguiram deixar o evento em segurança.
Perseguição ao Falun Dafa
Falun Dafa ou Falun Gong é uma prática espiritual chinesa que segue os princípios de Verdade, Compaixão e Tolerância.
Brutalmente perseguida desde 1999 pelo Partido Comunista Chinês, nos últimos 25 anos milhões de praticantes do Falun Gong na China sofreram detenção arbitrária, prisão, tortura física, mental, sexual e psiquiátrica, e milhares foram mortos.
Um número incalculável foi morto sob encomenda para suprir a indústria de transplante de órgãos sancionada pelo regime chinês, com o país vendo um aumento massivo nos transplantes de órgãos em meio a uma escalada da perseguição.
A China continua sendo o único país no mundo onde as autoridades, o PCCh, supervisionam um comércio ilícito de órgãos humanos.
Um tribunal independente em Londres concluiu após revisar evidências que a extração forçada de órgão ocorria na China em escala significativa, com praticantes de Falun Dafa sendo provavelmente os principais alvejados (acesse aqui).
A Lei de Proteção ao Falun Gong dos EUA
Em 25 de junho de 2024, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o H.R. 4132, a “Lei de Proteção ao Falun Gong.”
Este projeto de lei histórico é a primeira lei federal dos EUA proposta para combater especificamente os abusos de direitos humanos sofridos por dezenas de milhões de praticantes do Falun Gong, particularmente os crimes abomináveis de extração forçada de órgãos.