Quase 100 vezes mais distante do Sol do que da Terra existe um ponto em que as partículas carregadas do Sol não alcançam mais as partículas não carregadas do espaço interestelar, ou os bolsões de espaço que existem entre os vários sistemas estelares do universo.
Este ponto, conhecido como heliopausa, marca a borda do sistema solar onde os seres humanos vivem.
A fronteira da heliopausa ao redor do sistema solar foi primeiramente “descoberta” por cientistas que usaram as espaçonaves Voyager 1 e 2 da NASA há 30 anos atrás. Mas, recentemente, uma nova sonda espacial da NASA, a sonda espacial New Horizons, encontrou evidências reais desse ponto no espaço.
É interessante se notar que, a evidência vem na forma de uma “parede espacial” de hidrogênio, composta de partículas carregadas de hidrogênio que se acumularam na borda do espaço interestelar.
Segundo o dr. Leslie Young, cientista do Southwest Research Institute, no Colorado, isso marca a borda do nosso sistema solar de uma forma que ela descreve como quase semelhante a uma cerca em torno de sua propriedade. “Estamos vendo o limiar entre estar no bairro solar e estar na galáxia”, explicou Young, através do Science News.
De 2007 a 2017, a sonda New Horizons realizou medições na borda da heliosfera usando o espectrômetro Alice UV.
Embora ainda seja uma teoria em andamento, os dados extraídos pela New Horizons sugerem evidências de que ela tenha encontrado um brilho ultravioleta conhecido como uma linha Lyman-alfa, que existe em vários pontos do sistema solar, mas parece existir em uma parede ao longo da heliopausa.
Mas como a teoria será corroborada? Em algum momento, assim como a Voyager 1 e 2, a New Horizons passará pela heliopausa e, se a quantidade de luz ultravioleta que ela capta cair drasticamente nesse ponto, esta será uma evidência de que a parede existe.
Lapso de tempo impressionante de “estrelas em movimento” no céu noturno reluzente