O governo da Argentina promoverá “ações conjuntas” com o Twitter para impedir a proliferação do discurso de ódio nas redes sociais devido ao seu “recrudescimento” desde a pandemia do coronavírus, segundo informaram fontes oficiais nesta segunda-feira.
O secretário de Direitos Humanos argentino, Horacio Pietragalla, realizou uma reunião virtual com representantes do Twitter na América Latina para abrir “uma instância de diálogo” que permita gerar ações destinadas a coibir a disseminação de comportamentos abusivos nas redes, detalhou a Secretaria de Direitos Humanos em comunicado.
Durante o encontro, Pietragalla ofereceu a “colaboração técnica” de sua secretaria para “melhorar a qualidade do debate público nas redes sociais e prevenir situações de violência”.
Os responsáveis pelo Twitter presentes no encontro, incluindo Hugo Rodríguez Nicolat, diretor de Políticas Públicas do Twitter América Latina, “concordaram sobre a importância de realizar ações conjuntas” para limitar essas práticas e destacaram a relevância da “alfabetização digital” no uso de redes sociais, de acordo com o comunicado.
O governo argentino sustenta que o “recrudescimento” do discurso de ódio na internet foi um dos fatores que motivaram a tentativa de assassinato da vice-presidente, Cristina Kirchner, ocorrida em 1º de setembro.
Naquele dia, Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, tentou disparar duas vezes no rosto da ex-presidente, mas a arma não efetuou nenhum disparo.
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