Por Nina Nguyen
A crescente inclusão de atletas masculinos transgênero nos esportes femininos significa que é “apenas uma questão de tempo” antes que os pódios e as equipes no atletismo sejam dominadas por homens biológicos, apesar das mulheres transgênero representarem menos de um por cento da população, afirmou advogada do Australian Women’s group.
A co-fundadora da Save Women’s Sports Australasia, Katherine Deves, declarou ao Epoch Times que enquanto atletas trans estão sendo “elogiados” pela mídia como inovadores e pioneiros, a política de inclusão trans cria uma “brecha que agora pode ser explorada” por “países oportunistas, equipes esportivas e atletas individuais”.
“Vamos ver esses caras comuns competindo contra as mulheres de elite do mundo”, afirmou Deves, “não há nenhum tipo de medição ou teste para determinar qual é a identidade de gênero de alguém; é tudo baseado em uma autodeclaração”.
“Não queremos ver nossas meninas treinando duro e fazendo sacrifícios … e de repente, você tem um menino que simplesmente decide declarar que é uma menina, vindo e tomando o espaço delas.”
A opinião de Deves é comumente compartilhada entre as atletas do sexo feminino, de acordo com uma pesquisa publicada na International Review for the Sociology of Sport, em junho, a qual afirmou que 79 por cento das atletas olímpicas acreditam que atletas trans estabelecendo novos recordes mundiais femininos tende a aumentar.
Além disso, 78 por cento afiramaram que o Comitê Olímpico Internacional (COI) não fez “consultas adequadas” com atletas do sexo feminino sobre suas diretrizes para transgêneros.
Durante os Jogos de Tóquio em 2020, a halterofilista neozelandesa, Laurel Hubbard, a primeira mulher transgênero a participar da categoria feminina das Olimpíadas, foi acusada por grupos de mulheres e pela senadora australiana, Claire Chandler, por tomar o lugar de Roviel Detenamo, uma levantadora de peso de 18 anos da nação insular de Nauru.
A política inclusiva para transgêneros também alimentou um conflito recente entre o Irã e a Jordânia devido a uma partida de futebol feminino, com a Jordânia acusando o Irã de contratar um goleiro para vencer um jogo crítico. O goleiro transgênero, Zohreh Koudaei, defendeu dois pênaltis, garantindo a qualificação do Irã para a Copa da Ásia de Futebol Feminino pela primeira vez.
No entanto, o defensor dos transgêneros e psiquiatra infantil da Universidade de Stanford, Jack Turban, duvida que a inclusão de mulheres trans vá afastar as mulheres biológicas porque há casos em que “garotas cisgênero podem vencer” quando competem com garotas trans.
“Não há epidemia de meninas transgênero dominando os esportes femininos”, Turban escreveu na Scientific American, em março de 2021, “tentativas de forçar meninas transgêneros a jogar nos times masculinos são ataques inescrupulosos a crianças transgêneros já marginalizadas”.
O argumento foi repetido por grupos LGBTQIA++, os quais afirmaram que a composição genética e a autonomia corporal de uma pessoa “não são indicadores úteis” de desempenho atlético e que “as pessoas trans são exatamente quem afirmamos ser”.
“Quando uma pessoa não se identifica com o sexo que lhe foi atribuído no nascimento, ela deve ser capaz de fazer a transição social – e isso inclui a participação em esportes consistentes com sua identidade de gênero”, afirmou o grupo LGBTQIA+ American Civil Liberties Union (ACLU) em um comentário.
Mas Deves argumentou que, embora as organizações esportivas e grupos LGBTQIA + possam estar “fingindo que não há diferenças entre os dois sexos”, os recordes mundiais de esportes para homens e mulheres comparados nos últimos séculos contam uma história diferente.
“A maioria dos homens de elite supera a maioria das mulheres de elite … O único tipo de métrica que as mulheres possuem melhor desempenho do que os homens têm basicamente a ver com coisas como equilíbrio e flexibilidade”, ela continuou, “Existem 6.000 diferenças biológicas entre homens e mulheres, 3.000 das quais são observáveis”.
Deves acredita que é “uma falsa premissa” presumir que as pessoas trans são marginalizadas, já que as evidências mostram que “grupos de lobistas transgêneros têm enorme influência e poder” sobre o governo e a mídia.
Enquanto isso, Chandler, senadora liberal da Tasmânia, que recentemente apresentou um projeto de lei para proteger o esporte unissexo para as mulheres australianas, declarou ao Epoch Times que “não há razão para que os administradores esportivos não possam proteger e celebrar o esporte feminino ao mesmo tempo que incluem pessoas trans”.
“A categoria feminina existe por uma razão”, observou ela, “Não há direitos humanos ao exigir a entrada em algo projetado para o sexo oposto”.
O governo federal trabalhista anterior substituiu as definições baseadas no sexo de “homem” e “mulher” na Lei de Discriminação Sexual, em 2013, pela identidade de gênero, e criou disposições que concedem aos atletas nascidos do sexo masculino o direito de tomar medidas legais se eles forem impedidos de participar da categoria feminina.
No mês passado, oito principais entidades esportivas australianas, incluindo Rugby Australia, AFL e Netball Australia, divulgaram diretrizes para a inclusão de atletas transgêneros, seguindo a liderança do Sport Australia e da Australian Human Rights Commission em 2019.
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